Projetos e oportunidades com food trucks estiveram entre os destaques dos 400 expositores da 27ª edição da Rio Expofood, feira de alimentos, bebidas, máquinas e suprimentos da indústria alimentícia, que terminou no dia 19 de março, no Riocentro, na Zona Oeste do Rio.
Entre os expositores estava o empresário Luís Eduardo Pousa Machado, diretor da RJ Custom, empresa de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, que produz unidades móveis, e começou a trabalhar com food trucks em setembro de 2014.
Seis meses depois, os veículos adaptados para funcionar como restaurantes já representam 80% de seu negócio. Luís já tem 35 projetos em andamento e recebe cerca de quatro pedidos de orçamentos por dia.
Fotos: Lilian Quainos.
A feira de negócios movimentou R$ 181 milhões em negócios, de acordo com a organização, resultado 8% superior ao registrado no evento de 2014.
Cerca de 50 mil pessoas passaram pela feira, organizada pela Associação dos Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj), em parceria com a Escala Eventos. Segundo Aylton Fornari, presidente da entidade, o evento correspondeu às expectativas em termos de público e movimentação de negócios.
“Já tivemos muitos retornos positivos por parte dos expositores, que estão manifestando a vontade de voltar no ano que vem. A próxima edição da Super Rio Expofood acontecerá antes das Olimpíadas e será uma ótima oportunidade de fazer negócios.”, disse.
Foi a primeira exposição que Luís Eduardo participou com seus food trucks e estava animado com o interesse. Um dos produtos que mais vendeu foi um reboque, que pode ser adaptado para cachorro-quente, pastel, comida japonesa, pizza entre outras opções.
Pronto, o veículo custa em torno de R$ 65 mil, como o adaptado para comida portuguesa, em exposição na feira de negócios. O produto foi exibido ao lado dos Sud Truck, da chef Roberta Sudbrack, e do Polis Juicy Truck, motorizados e mais caros, podendo custar entre R$ 180 mil a R$ 250 mil.
Com metas audaciosas, a empresa paulista Truckvan, que há 23 anos trabalha com soluções sobre rodas, também estacionou na Rio Expofood para mostrar seus food trucks.
O diretor Rômulo Jesus explica que a empresa entrou no segmento de food trucks há pouco menos de um ano e já entregou 28 veículos e tem 36 em produção. Ele espera fechar 2015 com um faturamento de R$ 12 milhões somente em food trucks, entregando oito unidades por mês.
Os preços variam de acordo como projeto, para o qual ele também dá toda a assessoria e orientação. Um trailer de nove metros quadrados pronto para entrar em ação sai em torno de R$ 140 mil a R$ 200 mil. Já um baú motorizado de seis metros quadrados fica entre R$ 180 mil a R$ 200 mil.
Mas ele dá um conselho aos interessados. Food truck não pode ser encarado como um modismo. Ainda mais com o momento de incertezas que a economia vive.
“Esse é um negócio para quem é do ramo. O retorno do investimento se dá depois de uma ano e meio a dois anos. Tem que ter uma cozinha de apoio, pois o food truck não é para cozinhar, é para finalizar, e tem que estar preparado para trabalhar muito.”, aconselha.
Luís Eduardo explica que a empresa dá toda a assessoria ao interessado em ter um food truck, desde a orientação sobre qual o veículo ideal para o negócio até desembaraçar a documentação. E dá uma boa notícia, há grande possibilidade de até maio a Prefeitura do Rio de Janeiro liberar os food trucks para estacionarem nas ruas. Atualmente a lei só permite o funcionamento em eventos fechados, como feiras, congressos, festas.
400 Expositores
A Super Rio Expofood aconteceu pelo 27º ano no Riocentro, na Zona Oeste do Rio, com expositores que mostraram as novidades em máquinas, louças, embalagens, alimentos e bebidas.
A Super Rio Expofood reuniu 400 expositores de diferentes segmentos. Além das marcas de alimentos e bebidas, estiveram presentes representantes dos setores de tecnologia e automação, mobiliário, utensílios, máquinas e equipamentos, higiene, entre outros.
A Bela Ischia lançou na feira sucos 100% (sem adição de açúcar, conservantes, aromatizantes nem corantes). Ainda no setor de bebidas, o destaque foi para o lançamento da cerveja MOA, trazida da Nova Zelândia, onde é fabricada artesanalmente, para o Brasil, pela Oceania Group.
O Grupo Shinoda apresentou ovos em garrafinha MaxxiOvos. Gemas, claras e ovos pasteurizados serão comercializados pela primeira vez no Brasil em garrafinhas de 250 gramas. A novidade tem vantagens como a segurança alimentar, já que a pasteurização ataca bactérias como a salmonella; a praticidade, pois o ovo líquido, pronto para uso, dispensa a necessidade de lavá-lo, separar a gema da clara e peneirá-la; e a facilidade para armazenamento em geladeira.
A Korin Agropecuária, especializada na produção de alimentos sustentáveis e orgânicos, tem no mercado carioca 30% de seu faturamento e mostrou na feira a carne sustentável do Pantanal, o óleo de soja orgânico, a sopa instantânea orgânica e a linguiça de frango antibiotic free – o carro-chefe da empresa é o frango criado de maneira mais natural, livre de antibióticos e promotores de crescimento, o único no Brasil a ter o selo de bem-estar animal Certified Humane, pela Ecocert.