O Natal vai chegando, e a gente se animando, para fazer os corações ficarem mais amenos, com mais esperança, amor e luz…
O Rio de Janeiro nunca precisou tanto desse espírito mágico para amainar suas tristezas, o pessimismo, os maus presságios e pensamentos quanto ao futuro como espaço prioritário de eventos, cidade do entretenimento.
Xô, tristeza, desânimo. Xô a expectativa de que o Rio não tem, nem terá mais grandes eventos a iluminá-lo e fazê-lo destaque tão cedo.
Que venham os turistas, do Brasil e do mundo, encherem as inúmeras vagas de hotéis que se preparam para o Revelion mais cedo, porque temos um evento que o antecipa.
Turistas de todos os cantos vêm para verem a sua Árvore mais famosa, mais famosa do mundo. Vem para movimentar a Lagoa, os restaurantes, o comércio, os shoppings dos arredores…
Árvore patrocinada que ganhou o sobrenome da empresa e que sempre agregou a ela o valor da beleza, sonhos, da grandiosidade, e da cidade, por conta desse case sem tamanho.
Quando ela começa? Quando será inaugurada? Quando a marca que usou a cidade como outdoor de valores que agregaram valor vai aparecer pelas ruas nas mídias diversas?
Não vai. A Árvore não vai aparecer. Não terá tamanho, nem luz, nem evento, nem quartos de hotel cheios, nem turistas na cidade…
Será que quem mora na Lagoa vai fica feliz, como dizem? Será que o silêncio de menos um evento emblemático da cidade não vai trazer mais silêncio à cidade?
Sem os fogos, talvez restem os barulhos de tiros no Corte do Cantagalo. Sem a Árvore, quem sabe, Papai Noel nem apareça por aqui, certo de que os sonhos de muitas crianças e a expectativa boa de todo ano… Qual será o tema da Árvore esse ano? Qual será o tamanho, e suas luzes e efeitos… Nada feito.
Será que estaremos mais seguros… melhor nem falar disso, porque não merece apologia.
Onde estão as marcas que se dizem do Rio, ligadas a ele? Onde estão? Investindo em quê? Em baboseiras?
A Rio está triste, os hotéis tristes, o comércio da cidade, que não pode perder oportunidades, triste, o mercado e os profissionais de eventos tristes… A Lagoa vai ficar escura, menor, sem luz…
Faltou luz no marketing da empresa, luz na cabeça de marcas e pessoas, luz na dignidade da cidade, nos políticos – ah, político nunca teve luz mesmo – e na Árvore de Natal da Lagoa, do Rio de Janeiro, não da marca. Então, nunca foi dela?
Quando o Rio mais precisa de luz, num túnel que já é grande demais, apaga-se a esperança. Que não se esqueça de quem desligou o interruptor.
Que nos liguemos em que gosta da Cidade. Está mais do que na hora de mudar a política de eventos no Rio, de se valorizar suas Agências e profissionais, de se valorizar as marcas que o valorizam.
Tá na hora de acender a luz e cantar de verdade:
Rio de Janeiro, gosto de você, gosto de quem gosta desse céu, desse mar, dessa Lagoa e dessa gente… feliz? Vou olhar a Lagoa e imaginar a Árvore do Abel lá.
Eu sei que o mundo vai sentir falta dela. Eu sei que gente vai sentir falta dela. Eu sei que o Rio vai sentir falta dela. Ninguém vai sentir falta da marca, porque uma marca mais forte virá, estejam seguros disso. A marca do Rio somos nós, os cariocas.
