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WFA e associações comprometidas sobre estereótipos na publicidade

A World Federation of Advertisers (WFA) e suas associações de anunciantes latino-americanas afiliadas se comprometeram a tomar medidas contra estereótipos prejudiciais na publicidade. 

A World Federation of Advertisers (WFA) e suas associações de anunciantes latino-americanas afiliadas se comprometeram a tomar medidas contra estereótipos prejudiciais na publicidade. 

A Declaração de Buenos Aires pela Publicidade Responsável foi apresentada pela WFA e pelas associações nacionais de anunciantes da Argentina, Brasil, Colômbia, Chile e Paraguai na reunião regional anual do WFA.

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O documento destaca uma visão para abordar estereótipos inadequados e um conjunto de princípios que as associações nacionais de anunciantes da região se comprometem a promover coletivamente e individualmente para acelerar as mudanças. 

Os signatários priorizarão as seguintes ações:

– Promover conteúdo responsável, que não objetifique, mas que represente as pessoas como atores empoderados, em todas as suas diferentes facetas.

– Promover uma cultura de trabalho progressivo que ofereça um lugar para que as pessoas, sem diferenças e em toda a sua diversidade, prosperem e cresçam.

– Buscar instrumentos de medição e mecanismos de responsabilidade para acelerar o progresso.

A declaração é baseada nos esforços já realizados global e localmente pela WFA e suas associações nacionais afiliadas, incluindo as do Brasil, Colômbia e Paraguai, além de Bélgica, França, Turquia e Estados Unidos, onde #SeeHHer se tornou um movimento emblemático liderado pela ANA.

Philip Perez, – vice-presidente regional da WFA para a América Latina e presidente da Câmara de Anunciantes da Argentina; Jéssica Ribeiro, gerente Institucional da ABA; Stephan Loerke, CEO da WFA; Elizabeth Melo, presidente-executiva da Associação Nacional de Anunciantes da Colômbia;   Fernando Mora, presidente da Associação Nacional de Anunciantes do Chile;  Miguel Ángel Aranda, consultor jurídico da Câmara de Anunciantes do Paraguai.

No Brasil, a Associação Brasileira de Anunciantes (ABA) apoiou o lançamento, em fevereiro deste ano, da Unstereotype Alliance no Brasil, uma aliança entre a ONU Mulheres e representantes do setor, incluindo Unilever, Grupo Boticário, Chefes e MasterCard. O movimento foi trazido ao Brasil de forma pioneira na América Latina e segue com atuação forte e concreta. 

No Chile, a Associação Nacional de Anunciantes (Anda) apresentou um “Guia de boas práticas: a representação das mulheres na publicidade”, com o objetivo de tornar visíveis as áreas de melhoria da publicidade chilena, a fim de eliminar estereótipos femininos e limitantes.

Na Colômbia, com base no guia da WFA, a Anda vem desenvolvendo seu guia para uma representação adequada de gênero na publicidade, que será apresentada em novembro deste ano.

No Paraguai, a Câmara de Anunciantes administra desde 2016 o programa 'Entrepreneurs CAP', que busca promover uma melhor representação das mulheres no marketing, tanto nas organizações quanto na publicidade, por meio de atividades como programas de mentoria, práticas recomendadas compartilhando colunas de revistas personalizadas.

Relevância do tema

Pesquisas realizadas pela Unstereotype Alliance em 28 mercados, incluindo Argentina, Chile, México, Peru e Espanha, descobriram que, apesar de alguns avanços recentes, a maioria dos consumidores sente que grande parte da publicidade ainda não reflete o mundo que os cerca.

Em particular, 63% acreditam que a representação de homens e mulheres em papéis tradicionais ou desatualizados influencia as atitudes dos jovens, enquanto 53% dizem que a publicidade cria expectativas irrealistas sobre as mulheres.

"Atuar pelo fim dos estereótipos não é bom apenas para a sociedade, mas também para os negócios em geral, pois os anúncios progressivos se mostraram mais eficazes. Fazer isso acontecer exige ação em vários níveis e os especialistas em marketing devem analisar suas culturas internas, seu processo criativo e a maneira como distribuem suas mensagens para entregar os resultados que todos desejamos. Pode levar tempo, mas compromissos como o Manifesto de Buenos Aires são um passo essencial na jornada que todos devemos empreender.", afirmou Stephan Loerke, CEO da WFA.

Philip Perez, vice-presidente regional da WFA para a América Latina e presidente da Câmara de Anunciantes da Argentina, disse: “A publicidade nos ajuda a construir um mundo melhor. Nesse sentido, esse compromisso colabora na eliminação de estereótipos prejudiciais. De fato, na Argentina, podemos ver que muitas empresas já avançaram muito nessa jornada, com mensagens publicitárias, inovadoras, progressivas e inclusivas. Essa iniciativa visa inspirar mais anunciantes a iniciar esse caminho.”

Sandra Martinelli, presidente-executiva da Associação Brasileira de Anunciantes (ABA), disse: “Inspirar profissionais de marketing a desafiarem suas próprias comunicações era o objetivo da ABA quando traduziu e adaptou o Guia para Representação Progressiva de Gênero em Publicidade. A expansão da diversidade na cultura corporativa foi o objetivo do lançamento do movimento #UnstereotypeAlliance no Brasil. Agora, mobilizando o marketing para transformar os negócios e a sociedade e em defesa da comunicação ética e responsável em que acreditamos, assinamos a Declaração de Buenos Aires pela Publicidade Responsável. Esperamos que, com essa iniciativa, possamos inspirar ainda mais o mercado a avançar para um relacionamento consciente com a diversidade."

Fernando Mora, presidente da Associação Nacional de Anunciantes do Chile, disse: “Como Associação Nacional de Anunciantes do Chile, estamos cientes da mudança cultural que vem ocorrendo há alguns anos, não apenas no Chile, mas também no resto do mundo, e que está modificando profundamente os conceitos e papéis sociais que até recentemente dominavam mulheres e homens."

Elizabeth Melo, presidente-executiva da Associação Nacional de Anunciantes da Colômbia: “Como Associação de Anunciantes da Colômbia, acreditamos na força da publicidade para transformar a sociedade e a cultura. Temos a profunda convicção de que, através de uma comunicação comercial responsável, podemos aliviar os problemas que nossa sociedade está passando e capacitar os atores a mobilizar ações concretas que permitam mudanças reais. Trabalhamos em um guia para a representação adequada de gênero na publicidade que contribuirá para a construção de um país melhor e uma região melhor.”

Miguel Ángel Aranda, consultor jurídico da Câmara de Anunciantes do Paraguai, disse: “Parece fundamental, do ponto de vista dos anunciantes, trabalhar na construção de uma sociedade livre de preconceitos e discriminação. Portanto, como Câmara de Anunciantes do Paraguai, defendemos uma comunicação publicitária sem estereótipos prejudiciais e que visa promover a tão necessária mudança de atitudes e comportamentos sociais.”