Publicado originalmente em 22/05/12.
“Portugal foi a janela do Rock in Rio para o mundo e daqui nós só saímos se os portugueses não nos quiserem mais”, afirmou Roberto Medina ao falar durante a coletiva de imprensa no dia de ontem (21/06), citando a parceria com Eike Batista.
A quatro dias da abertura dos portões do Rock in Rio Lisboa, o empresário reforçou a importância das ativações de marca na Cidade do Rock.
“O Rock in Rio é o maior do mundo não apenas pela qualidade das bandas que traz, mas principalmente porque houve um entendimento das marcas parceiras de que este é um bom investimento”, disse um dos pioneiros do marketing promocional no Brasil.
Consolidado em Portugal, a edição lisboeta de 2012 conta com praticamente os mesmos patrocinadores desde 2001. E já contabiliza, para a próxima edição brasileira em 2014, a captação de 84 milhões de Reais. “O Rock in Rio nasceu no Brasil e amadureceu em Portugal, tornando-se um projeto único no mundo. É, na verdade, um grande projeto de comunicação que acaba em música”, reflete o criador da grande festa da música.
O que era um “sonho de poucas pessoas”, em 1985, tornou-se um paraíso para a conexão entre marcas e consumidores. De acordo com o executivo, o que as pessoas vão buscar no Rock in Rio é, cada vez mais, uma experiência.
Pesquisas realizadas mostram que 50% dos participantes vão ao evento por este fator, e escolhem qual dos dias participar com base nas bandas que vão se apresentar. A Rock Street, a Street Dance, o palco Sunset, são atrações a mais e, atualmente, as ativações promovidas pelos patrocinadores “Deixam de ser um contato simples, mas passam a ser um programa de diversão, que carrega alegria e otimismo por vários meses antes e depois da festa”, completa Roberto.
Relacionamento: A Experiência da Experiência
De acordo com a diretora de Marketing Agatha Areas, passar a cultura da experiência para os patrocinadores é sempre o mais complexo em um projeto de captação com a dimensão e o propósito deste megaevento.
“Falar em números não diz tudo na hora de comunicar com os futuros parceiros. Por isso, sempre os levamos para mostrar ‘in loco’ o que se está querendo dizer, e isso funciona muito mais do que apenas apresentar imagens e informações. É preciso que eles vivam a ‘experiência da experiência'”, contou Agatha com exclusividade para o Promoview.
Mas, isso nem sempre é possível quando não se possui uma edição anterior. Foi o caso de Lisboa, em 2004. A experiência brasileira foi suficiente para convencer os patrocinadores portugueses a participarem, pois, apesar de enxergarem uma grande oportunidade em estarem presentes, não tinham muito claro o potencial por detrás da ideia.
Porém a “experiência da experiência” de ser patrocinador foi tamanha, que foram criados critérios para que as marcas pudessem sugerir ações e ativações. “Inclusive algumas ideias que uma marca já havia tido passaram a ser reservadas, para não haver sobreposição de brindes e de ativações, tanto no gramado quanto na area vip”, revela Agatha.
O resultado deste cultivo da experiência tornou-se visível já na segunda edição de Lisboa, em 2006 e, desde então, as marcas tornaram-se verdadeiras “experts em Rock in Rio”.
Agatha contou que por trabalharem já há muitos anos com o evento, os atuais parceiros estão prontos para o que acontece. “Às vezes em reunião com os responsáveis, eles já sabem referir o que funciona melhor em cada ambiente, em cada intervalo, ou seja, a organização acaba envolvendo-se cada vez menos no processo de definição das ações e isso é muito bacana”, finaliza a diretora de marketing.
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