Experiência de Marca

Santos mexendo com o celular era ação de marketing do Atlético

Em entrevista coletiva nesta segunda-feira (14), goleiro do Furacão explicou o motivo que o levou a usar o celular antes do jogo

A possível utilização do celular pelo goleiro Santos antes de a bola rolar na tarde de domingo (13), na derrota do Atlético por 2×1 para o Atlético-MG, na Arena da Baixada, chamou a atenção de todo o Brasil. A explicação desse ato do arqueiro atleticano, que mexeu com o noticiário esportivo de todo o país, foi dada apenas no final da manhã desta segunda-feira (14), quando o Furacão revelou que está apoiando a campanha Maio Amarelo, que prevê a conscientização da não utilização do celular no trânsito, que é atualmente uma das principais causas de morte nas rodovias do Brasil.

Um dos principais jogadores do Rubro-Negro na atual temporada, o arqueiro precisou até encenar para que a campanha desse certo. Depois do fato e de o vídeo ganhar grande repercussão, o jogador e o técnico Fernando Diniz despistaram os jornalistas quando foram abordados sobre o assunto.

“Foram muitas críticas de torcedor, muita gente. Eu realmente fiquei indignado e ficaria indignado com a atitude de levar o celular para o campo. É a minha indignação também usar o celular no carro. Como no campo, não pode também. Gostaria de conscientizar muitas pessoas que usar o celular no carro causa muitos acidentes. Gostaria de pedir que, como eu fiz no campo ontem, muitas pessoas não fizessem no carro. É conscientizar e ver o perigo que é usar o celular no carro. Mais que tomar um gol, é você sofrer um acidente em um momento de desatenção”, explicou ele.

                                                                            

Santos esteve acompanhado do segundo vice-presidente do conselho administrativo do Atlético, Márcio Lara, que explicou que o clube engajou essa campanha tão logo foi proposto para realizar em parceria com um dos patrocinadores. Segundo ele, todos os riscos foram calculados e a ação de marketing diante do ato polêmico do goleiro surtiu o efeito esperado.

“Agradecer a coragem do Santos e do treinador Fernando Diniz para engajar essa campanha. O Atlético é um clube que quebra paradigmas, pela modernidade e inovação. Fomos escolhidos para engajar essa campanha, demonstrando toda a coragem. Logicamente tudo foi planejado, os riscos foram calculados. Lógico que houve o desvio de atenção antes do jogo, mas isso não influenciou na sua atuação durante a partida. O Atlético, assim, pela sua responsabilidade social, estará engajado na campanha do maio amarelo durante todo esse mês, iluminando a Arena com a cor amarela, bem como jogando com uma fita amarela no nosso uniforme alertando para todo o perigo que já foi demonstrado. Sentimos orgulhosos de ter participado disso e de ter esse compromisso social”, concluiu o dirigente.

Tão logo o vídeo de Santos utilizando o celular viralizou na internet, o arqueiro atleticano passou a ser bastante criticado. O jogador, no entanto, garantiu que estava preparado para ser contestado antes de a ação de marketing do Maio Amarelo ser revelada.

“Estava preparado. A gente sabia que realmente poderia acontecer esse tipo de coisa. Estava ciente da situação. Recebi bem, não me deixei levar por isso. Sabia que ia repercutir e eles (torcedores) têm razão de se indignar. Então, não me importei muito com o que foi falado e sabia que a repercussão seria muito grande”, enfatizou.

Como é proibida a utilização de qualquer tipo de aparelho eletrônico no campo de jogo, o Furacão correu o risco de ter o arqueiro penalizado. Segundo Márcio Lara, pela campanha engajada pelo clube e pela importância de não ter o assunto vazado para gerar toda a curiosidade, não foi solicitada nenhuma autorização à CBF.

“Não foi pedido autorização para que essa campanha tivesse o seu resultado efetivo. Isso não causou nenhum tipo de problema a nível desportivo, até porque a ação foi antes de a bola rolar. Não pedimos autorização porque entendemos que o motivo é social e, absolutamente não teria nenhum cabimento ter algum tipo de punição”, arrematou o vice-presidente.