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Professor inclusivo ganha prêmio em Curitiba

Algumas ações de inclusão social podem até parecer pequenas, mas fazem uma grande diferença na sociedade. Foi assim que a professora de Pedagogia, Waldirene Bellardo, de Curitiba, recebeu a notícia de que foi a vencedora do 7º Prêmio Professor Inclusivo.

Algumas ações de inclusão social podem até parecer pequenas, mas fazem uma grande diferença na sociedade. Foi assim que a professora de Pedagogia, Waldirene Bellardo, de Curitiba, recebeu a notícia de que foi a vencedora do 7º Prêmio Professor Inclusivo, promovido pelo Centro Universitário Internacional Uninter e pelo Serviço de Inclusão e Atendimento aos Alunos com Necessidades Educacionais Especiais (Sianee), da instituição. “Foi uma grande surpresa”, revelou a ganhadora.

Quando questionada sobre os motivos da vitória, a resposta foi clara. “Tenho vários alunos Surdos e sempre acompanho com muita atenção todo o processo de aprendizado deles, junto com o intérprete de libras. Quando eu identifico alguma dificuldade no percurso, busco processos metodológicos adaptados de forma a incentivar o aprendizado”.

O prêmio foi criado pela Uninter para incentivar os docentes da instituição a desenvolverem competências para o trabalho com alunos que possuem as diversas naturezas de diversidades e deficiências. “Um professor inclusivo deve ser capaz de ministrar uma aula acessível, para uma turma onde haja pessoas com e sem deficiência, estimulando o máximo do potencial de cada um”, explica Leomar Marchesini, coordenadora do Sianee e idealizadora do projeto.

No total, 120 professores da Uninter concorreram ao prêmio e foram avaliados pelos próprios alunos com necessidades educacionais especiais. Os critérios levados em conta foram o uso das práticas pedagógicas nas aulas, atividades acadêmicas, escolha do material de apoio e acessibilidade comunicacional. Waldirene recebeu nota 10 de todos os alunos que a avaliaram.

O estudante de Relações Internacionais, Lucas Milla, de 26 anos, participou da votação pela segunda vez. “Os professores são os nossos pilares e este prêmio é um estímulo para que eles busquem novas maneiras de ensinar e promovam a evolução da educação”. Ele possui déficit de atenção e hiperatividade e recebe da Uninter, semanalmente, um acompanhamento psicopedagógico. “Evolui bastante, na vida acadêmica e pessoal. Tenho um grande suporte para me ajudar com questões como socialização dentro de sala de aula e concentração na prova”, revela.

Waldirene concorda com Lucas. Segundo a professora vencedora, o prêmio dá visibilidade à necessidade de se construir não apenas uma escola inclusiva, mas uma sociedade inclusiva. “É um importante passo que nos levará a um momento no qual não precisaremos de premiações, pois a inclusão estará inserida no cotidiano das pessoas”.

O Sianee capacita os professores da Uninter para atender alunos especiais. “É preciso conhecer sobre as deficiências, limitações e diversidades. Sem esse preparo, o professor não vai conseguir ministrar aulas de qualidade”, comenta o reitor Benhur Gaio.

Segundo Dinamara Machado, diretora da Escola Superior de Educação, os alunos de Pedagogia, por exemplo, também são preparados para entrar no mercado, capacitados para atender estudantes com necessidades especiais. “O ensino de Libras é feito em todas as licenciaturas. Além disso, é preciso que os alunos desenvolvam projetos de inclusão constantemente”, explica a diretora.