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Mídia exterior em debate na live da ABMP

É comum pensar em <em>outdoors</em> como o foco da mídia exterior, principalmente na Capital baiana, onde o veículo se faz mais presente. Mas Nery resgatou um pouco da história do início do Carnaval na cidade para mostrar que há mais possibilidades.<br />  

Mídia exterior, externa ou Out of Home são os nomes dados a um dos mais investidos meios de divulgação no Brasil, principalmente em Capitais como Salvador.

Em meio a avalanche das novas mídias, por qual motivo continuam crescendo? Essa e muitas outras questões foram respondidas na live promovida pela Associação Baiana do Mercado Publicitário – ABMP, no dia 14 de agosto, pela gerente de Marketing da Unifacs, Dirlene Barros, o diretor da Central do Carnaval, Joaquim Nery e o diretor de mídia e performance do Grupo Engenho, Eduardo Fonseca, convidados da edição apresentada por Léo Sampaio e Matheus Carvalho.

É comum pensar em outdoors como o foco da mídia exterior, principalmente na Capital baiana, onde o veículo se faz mais presente. Mas Nery resgatou um pouco da história do início do Carnaval na cidade para mostrar que há mais possibilidades.

Ele conta que antigamente faziam-se as divulgações das grandes festas em muros de casas bem localizadas e por meio de faixas colocadas entre árvores, porém não ficavam tão agradáveis. Foi por volta do final dos anos 70 que o bloco carnavalesco Pinel fez o uso de outdoors, encantando não só os foliões como os concorrentes que logo  aderiram. No entanto, ele lembra que o bloco Camaleão teve uma boa experiência com uso de adesivos para carro, “as pessoas gostavam de usar”.

Dirlene destacou a evolução dos equipamentos de mídia exterior, de simples papéis colados em paredes de casas aos outdoors, busdoors, painéis eletrônicos, letreiros luminosos, mobiliário urbano, e muito mais. A gerente atenta também para o fato de que nem toda cidade brasileira investe tanto em mídia exterior, especialmente em outdoor, sendo esta uma característica cultural da capital baiana.

Matheus Carvalho, Léo Sampaio, Joaquim Nery, Dirlene Barros e Eduardo Fonseca.

“A cidade veio trabalhando o ordenamento disso, então a gente não tem aquele amontoado de placa e de peças pela rua. Existe uma legislação que ordena isso e também é cumprida, o que faz com que a gente não precise chegar aqui ao que aconteceu em São Paulo, que foi a Lei Cidade Limpa.”, explica.

Segundo Dirlene, essas mensagens devem  ser absorvidas rapidamente, sendo mais diretas e objetivas. Sendo assim, o excesso pode contribuir para uma desordem e poluição visual, prejudicando a visualização da peça pelo passante. Mas não só a organização é responsável pela boa recepção de outdoors e demais mídias externas na capital, os especialistas apontaram o aspecto lúdico e criativo como ponto chave. “O lúdico fez criar no outdoor peças bonitas”, disse o diretor da Central.

Tendências 

O investimento em mídias digitais tornou-se imprescindível para qualquer empreendimento. Embora a entrada dessas novas mídias tenha impactado em outros meios de comunicação, não interferiu na atenção das out of home. Eduardo atribui este fato a boa adaptação das empresas responsáveis, que estão modernizando seus equipamentos. Para ele, o “pulo do gato” está em saber aplicar camadas digitais no outros meios.

“Em Salvador, nós já temos empresas de outdoor que nos passam a informação de perfil da placa. Antigamente, a gente trabalhava com um número estimado da Secretaria de Transporte. Hoje não, com o celular com o Bluetooth ligado existe um aparelho em algumas placas que lê quem é aquela pessoa, sabe o perfil, sabe a frequência que ele passa, sabe o que ela consome, qual o interesse dela. Esse local eu não vou programar mais porque é uma grande avenida que tem um grande fluxo, vou programar porque por ela passa a audiência que me interessa.”, exemplificou o diretor da Engenho.

Para além da ação informativa, os especialistas, apaixonados, afirmam que se bem planejada as peças ajudam a embelezar a cidade. De exemplo, Fonseca citou grandes cidades estrangeiras que usam e abusam das mídias externas, como Las Vegas, Tóquio, Hong Kong e Nova Iorque.

Para conferir todos os momentos deste encontro basta acessar a página da ABMP no Facebook, onde estão também outras lives disponíveis para visualização.