Mídia

Prefeito de Nova Iorque proíbe a publicidade flutuante

Uma prática não muito comum no Brasil, o outdoor flutuante é comum na cidade americana.

Uma prática não muito comum no Brasil, o outdoor flutuante é comum na cidade americana.

publicidade flutante NYDe qualquer forma, ao que tudo indica isso ficou no passado. O governador Andrew M. Cuomo, que faz parte do time que odeia esses outdoors aquáticos, assinou uma lei para acabar com ela.

As principais novidades do universo da propaganda estão aqui.       

Em comunicado oficial, ele declarou que os tais cartazes distraem as pessoas da beleza natural dos canais, e que a ação ajudará a tornar as águas mais agradáveis para todos.

A ação de Cuomo vem depois de uma série de queixas dos próprios nova iorquinos, que reclamaram diretamente com o governador no Twitter.

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A situação é complexa. Mesmo diante do governador e dos legisladores estaduais, a Ballyhoo Media, que é a empresa responsável por essas “artes”, afirmou que continuaria dando um jeito de operar, além de questionar a proibição.

Por definição, a medida proibiria qualquer embarcação com um painel digital de “Operar, ancorar ou atracar nas águas nevegáveis do estado se tiverem luzes piscando, intermitentes ou em movimento.”

Dá para entender o ponto de vista da empresa de mídia, afinal, a proibição permite bastante espaço de manobra para que eles continuem flutuando como quiserem.

Entre as marcas que investiram nesse tipo de publicidade, está a Heineken, por exemplo. Segundo Adam Shapiro, presidente-executivo da empresa, a Ballyhoo “Pretende continuar fornecendo uma plataforma inovadora que incentive a criatividade, a colaboração e a comunidade.”

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A briga é antiga. No começo do ano, NY havia entrado com uma ação contra a Ballyhoo tentando deter a empresa, argumentando que, além de serem incômodos ao público, ofereciam riscos à segurança, uma vez que as barcas de painéis eletrônicos, em contato com a água, poderiam ocasionar curtos circuitos. As tais barcas apresentam uma tela de LED de cerca de 18 metros de comprimento, ou seja, visíveis de longas distâncias.

“Não precisamos que a Times Square passe por nós enquanto relaxamos, brincamos ou passeamos.”, disse o senador estadual Brad Hoylman.

Os outdoors também têm sido objeto de ação legal na Flórida, onde se movimentam nas águas do Atlântico na companhia dos banhistas de Miami.