Experiência de Marca

Não matarão o ponto de venda

Domingo passado minha esposa correu para o Shopping Paulista, em São Paulo, para visitar a loja da Amaro. Ela conhecia a marca pelo seu e-commerce, mas agora ela (a marca) resolveu também abrir loja física.

Domingo passado minha esposa correu para o Shopping Paulista, em São Paulo, para visitar a loja da Amaro. Ela conhecia a marca pelo seu e-commerce, mas agora ela (a marca) resolveu também abrir loja física. Nenhuma novidade, já que muitas lojas antes somente digitais abrem seus espaços físicos pelo mundo.

Costumo dizer a todos os que se desesperam por conta das previsões dos profissionais que afirmam que o digital é a única saída do marketing, que marcas e produtos que antes não tinham um espaço proprietário hoje correm atrás de um.

Tem a Casa Bauducco, o Lounge Uber, as lojas da Nespresso, a Apple que sempre acreditou em lojas próprias, a própria Amazon, a Magnum Store que se espalha pelo mundo, entre tantos outros. Em comum, marcas que poderiam ser vendidas em varejo multimarcas (como antes eram) ou somente pela internet. Mas não: escolheram também ter lojas físicas. Mas por quê?

Não posso responder por elas, mas vivo afirmando que a grande moda dos próximos anos será o humano. Tudo que for humano será moda, pode crer. Quanto mais digital o mundo, mais necessidade e vontade de viver experiências físicas e falar com humanos nós teremos. O digital veio para facilitar, mas nunca substituir o físico. O ponto de venda cada dia mais será necessário para as marcas, pois eles serão um polo fundamental de transmissão de conceito. Conceito real, mesmo.

Sou entusiasta do digital, mas não me empolgo de forma exagerada. Quanto mais investirmos em digital e comércio virtual, em paralelo mais deveremos investir em experiência. O sucesso de um não pode tirar a força do outro. Não seria inteligente, não seria estratégico, e não seria efetivo.