Experiência de Marca

Hellmann's e Comida Invisível se unem contra desperdício de alimentos

A iniciativa busca diminuir a perda e a má distribuição de comida, um problema que chega a quase 15 milhões de toneladas no Brasil.

A iniciativa busca diminuir a perda e a má distribuição de comida, um problema que chega a quase 15 milhões de toneladas no Brasil

Mais de 20 milhões de brasileiros poderiam ser alimentados com comidas desperdiçadas no país. Foi pensando neste dado, de uma pesquisa da embrapa e da qualidade de pessoas em situação de vulnerabilidade social do IBGE, que Hellmann’s e a plataforma Comida Invisível, criaram o projeto “Comida é muito boa para ser desperdiçada”.

O melhor do marketing social está aqui.

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O trabalho conscientiza restaurantes sobre suas responsabilidades frente ao tema e os auxilia a encontrar instituições que recebem doações das sobras.  

Na iniciativa, cada um dos envolvidos contribui com o que melhor sabe fazer: Hellmann’s, uma marca da empresa de foodservice de Unilever Food Solutions, vai levar informação até os donos de restaurantes, auxiliando-os a identificar, medir e administrar suas sobras de comida.

Por meio de uma série de conteúdos educacionais, a marca vai levar dicas práticas, ferramentas e inspiração para que os operadores façam o melhor uso possível dos alimentos que têm na cozinha, missão que vai desde uma administração de estoques eficiente e montagem do cardápio, até ações com seus consumidores.

Já o Comida Invisível conecta por uma plataforma, pessoas físicas, terceiro setor e restaurantes para intermediar doação daqueles alimentos que inevitavelmente sobram na cozinha, mesmo após uma gestão eficiente.

A ideia é que o desperdício se torne zero na medida em que as empresas conectem quem tem comida sobrando com quem precisa dela.

“A parceria nasceu da combinação das duas marcas que têm um propósito em comum: o de combater o desperdício de alimentos. Entendemos chegou o momento de a indústria ser protagonista neste processo de conscientização e de transformação social e de as empresas se unirem para criar modelos mais sustentáveis. Junto ao Comida Invisível, conseguiremos levar aos nossos operadores parceiros soluções que não só aumentarão a rentabilidade dos seus negócios por meio da diminuição dos custos de desperdício, como que também os tornarão participantes ativos de um movimento de transformação social.”, afirma Cristiane Naco, diretora de Marketing de Hellmann’s em Foods Solutions.

A princípio, o projeto-piloto vai acontecer de outubro a dezembro em São Paulo (SP), município em que há o maior número de inscritos na plataforma. No entanto, a ideia é que no próximo ano a iniciativa seja estendida para outras regiões do país.

Para auxiliar os operadores a identificar, medir e diminuir o desperdício, fazendo um uso mais racional dos alimentos, os estabelecimentos parceiros receberão conteúdos educacionais e ferramentas mostrando que, além do impacto social, a diminuição do desperdício pode reduzir custos em suas operações.

Para isto, eles receberão uma série de dicas e ferramentas de gestão, além de serem convidados a utilizar a plataforma do Comida Invisível, que os auxilia a encontrar um destino para as sobras de comidas. Os interessados em aderir ao aplicativo, cadastram suas doações na plataforma, informando as condições dos alimentos e data de validade.

Pessoas físicas e terceiro setor buscam por doações na plataforma e requisitam os alimentos disponíveis via geolocalização ou pesquisas por categorias. 

Quando as doações ficam disponíveis, os donatários são alertados e combinam a entrega/retirada via chat. A partir disso, o donatário assume a responsabilidade pelo alimento doado e se compromete a armazená-lo e manipulá-lo de forma responsável.

Má gestão dos alimentos

A ideia contribui para uma importante mudança de cenário que hoje atinge muitos países. Dados divulgados pela Organização das Nações Unidas (ONU), apontam que cerca de 30% dos alimentos produzidos no mundo são desperdiçados anualmente, o equivalente a 1.3bi de toneladas de comida por ano – o suficiente para alimentar 750 milhões de pessoas.

O lado negativo da gestão dos alimentos não para por aí. O desperdício impacta negativamente o meio ambiente já que, quando vira lixo, eles geram emissões desnecessárias de metano CO4 na atmosfera. Além disso, há um desperdício de recursos naturais e financeiros por parte de quem produz os pratos.

“Quando há sobra, há queda de lucratividade para restaurantes, implicando em variados custos desnecessários como com a compra de novos ingredientes, gastos com mão-de-obra, gás, luz, entre outros. Os operadores também acabam pagando taxas de lixo com valores maiores quando existe esse volume de desperdício.”, pontua Daniela Leite idealizadora do Comida Invisível.

Desmistificando a doação de alimentos em estabelecimentos comerciais

“Estabelecimentos de alimentação fora lar (restaurantes, padarias, lanchonetes etc) não podem doar comida para pessoas físicas e/ou entidades que cuidam de pessoas que não têm condição de manter uma alimentação por condições sociais”.

Este é um dos grandes mitos disseminados há anos. Por falta de informação, o mundo desperdiça 1.6 bilhões de toneladas de alimentos por ano, o que equivale ao PIB da Austrália!

Desde que mantida a segurança para consumo de acordo com as normas da Vigilância Sanitária, os alimentos industrializados ou embalados, respeitado o prazo de validade, e os alimentos preparados ou in natura, que tenham perdido sua condição de comercialização, podem ser doados no âmbito do Programa Municipal de Combate ao Desperdício e à Perda de Alimentos, a bancos de alimentos e a instituições receptoras, nos termos da Lei nº 13.327, de 2002 e Decreto nº 42.177, de 2002.

Esse fato é reforçado na Portaria CVS 3/2015 do Centro de Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo em seu artigo 51.