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Batuque Promo participa de fórum para startups brasileiras

Mais de 200 empresários, investidores e estudantes se reuniram para trocar experiências e ideias com objetivo de ajudar as startups brasileiras a crescerem e se tornarem globais.

   Miranda Jr., da FEA, ao lado
do empresário Humberto Ribeiro

Mais de 200 empresários, investidores e estudantes se reuniram nesta quarta-feira (18), em São Paulo, para trocar experiências e ideias com objetivo de ajudar as startups brasileiras a crescerem e se tornarem globais.

O fórum Scale-up Bootcamp, que aconteceu FEA-USP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo), é o primeiro de três eventos que reuniu empreendedores e investidores em palestras e reuniões.

O empresário Humberto Ribeiro, idealizador do evento, explica que o Brasil é um dos países mais empreendedores do mundo, mas que os negócios enfrentam dificuldades quando se tornam maiores.

— O brasileiro é bom na hora de criar o negócio, somos um dos líderes mundiais. Quando a gente fala do 'scale' ['tamanho'], caímos drasticamente nesse ranking. Esse fórum pensa não só no 'start' ['começo'], mas também na consequência, no seguinte, que é o scale, a escalabilidade. Há dinâmicas diferentes para cada momento da empresa.

O professor da FEA Moacir Miranda Jr, também idealizador do Scale-up, ressalta a importância de o evento ocorrer dentro da USP, que responde por 25% de todo o conhecimento científico do País.

— Muito desse conhecimento científico não se transforma em melhoria para a sociedade. O objetivo é fazer com que essas ideias sejam expandidas de forma escalável para todo o mundo. Há muito preconceito no Brasil na relação universidade e empresa, principalmente nas universidades públicas, onde se concentra grande parte da pesquisa acadêmica.
 

Participaram do Scale-Up Renato Santos (empresário), Chris Bradley (CEO da agência Batuque),
Marcelo Hodge Crivella e o empresário Humberto Ribeiro

Ele destaca ainda que a união de boas ideias surgidas nas universidades com a expertise do mundo dos negócios tende a acrescentar muito para o País. "Quando isso ocorre, existe uma recompensa ao inventor, ao laboratório da universidade onde ele trabalhou, e gera empregos de qualidade, porque estamos falando do empreendedorismo qualitativo, em que você requer mão de obra de qualidade e pessoas que são melhor remuneradas", disse.

Para o consultor internacional do Instituto Latino-Americano da ONU, Marcelo Hodge Crivella, é preciso entender por que as empresas de inovação e tecnologia que nascem no Brasil não estão crescendo como poderiam. "O mundo hoje tem 209 países reconhecidos pela ONU e já existem 213 unicórnios, que são startups com valor de mercado acima de US$ 1 bilhão. O Brasil não produziu uma sequer. Isso é uma dor muito grande".