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Mercado M.I.C.E está em 'TransformAção'

Transformação foi o foco da maratona de conhecimento do Esfe que reuniu lideranças empresariais para abordarem as principais tendências do setor de indústria de reuniões, feiras e eventos.

Transformação foi o foco da maratona de conhecimento do Esfe que reuniu lideranças empresariais para abordarem as principais tendências do setor de indústria de reuniões, feiras e eventos.

Com um total de 20 talks, o Esfe (Encontro de Feiras e Eventos), realizado no último dia 20 de fevereiro e idealizado pelo empresário Otavio Neto – CEO do Grupo Radar & TV, trouxe uma maratona de conhecimento sobre o mercado M.I.C.E (Encontros, Incentivos, Conferências e Exibições).

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Com base no tema ‘TransformAção’, o público, de cerca de 1.000 pessoas, teve acesso às últimas tendências do segmento nas áreas de infraestrutura, sustentabilidade, marketing de conteúdo, redes sociais, campanhas de incentivo, destinos, gestão de pessoas, educação e alianças estratégicas.

Foi com esta premissa que a maratona de conhecimento do Esfe retratou essa nova Era do setor.

E a maratona de talks começou com um assunto instigante: Negócio Exponencial, com a participação de um dos principais líderes da indústria de reuniões, feiras e eventos, o atual CEO do Grupo R1, Juan Pablo de Vera, que destacou a importância de se reinventar, a cada dia, otimizar tempo e recursos, sem perder a qualidade.

Seguindo a premissa do mercado M.I.C.E, como um dos principais pilares da economia brasileira, Paulo Takeuchi, institutional relations executive advisor da Honda, trouxe o tema: Feira como Ferramenta de Marketing, e ressaltou a relevância deste setor para fortalecer a imagem de uma marca, direcionando a divulgação não apenas para os visitantes, mas também para a mídia, que se faz tão presente na era digital.

Marcelo Soares, presidente da Associação Brasileira das Montadoras e Locadoras de Stands (Abrace), enfatizou a importância de um briefing bem detalhado, como o ponto de partida para a realização de eventos de excelência.

Outro assunto que despertou um novo olhar para o setor foi à questão do compartilhamento. Neste caso, não estamos falando da troca de mensagens e fotos nas mídias sociais, mas na distribuição de conhecimento e conteúdo entre as empresas, atuantes no mesmo nicho de mercado.

Esse tópico foi abordado por Mônica Araújo e Leandro Lara, diretor da Reed Exhibitions Alcantara Machado, que apontaram as vantagens deste tipo de conduta para a melhoria de custos, qualidade e sustentabilidade dos serviços.

Já a integração de ações, entre o setor público e a iniciativa privada, foi um dos destaques da apresentação de Toni Sando, presidente-executivo do Visite São Paulo e presidente da Unedestinos, que trouxe a importância do comprometimento de toda a cadeia produtiva do turismo de negócios para a geração de renda e novos postos de trabalho, além do desenvolvimento das cidades.

“Os destinos precisam ser mais atraentes e capacitados para receber os eventos. Tudo isso para que o viajante de negócios torne-se um visitante.”, destacou Sando. E seguindo este ponto, Fátima Faccuri, presidente da Associação Brasileira de Empresas de Eventos (Abeoc), enfatizou a conexão das entidades de classe e associações no mundo corporativo.

O tema destinos e incentivos também foi amplamente abordados por Ana Maria Arango, gerente Regional da UFI para América Latina; Régis Nogueira de Medeiros, vice-presidente do Fortaleza Convention & Visitors Bureau; e Bernardo Cardoso, diretor de Turismo de Portugal.

Na área de sustentabilidade, cenografia e inovação criativa o Esfe contou com a participação de Iron Neto, COO da Bullet, que falou sobre a tendência mundial, o desapego; Marcelo Chanoft, diretor da TES Cenografia, e Caio Luiz de Carvalho, diretor-executivo do Canal Arte 1, com uma rica abordagem sobre a economia criativa.

Mesmo tendo a tecnologia como um fator chave no dia a dia das companhias, o lado humano está cada vez mais presente nos processos de gestão. E este foi um dos pontos altos do Esfe.

António Manuel Brito, diretor da New Events, apontou que nos momento se incertezas o mais seguro é investir em conhecimento para entender e atender as necessidades dos clientes; Alinne Rosa, diretora de RH da Reed Exhibitions Alcantara Machado, destacou que os líderes devem incentivar e valorizar suas equipes, alinhando os objetivos da organização com os sonhos de seus colaboradores; Cristiane Prado, diretora de Desenvolvimento Digital e Comunicação da Reed Exhibitions Alcantara Machado, ressaltou que as qualidades humanas ainda são insubstituíveis; Duda Magalhães, CEO da Dream Factory, sugeriu uma reflexão sobre a importância sensibilizar as pessoas para atrair novos clientes; e Paulo Ventura, diretor-superintendente da Expo Center Norte, complementou que o tempo é o bem mais importante da humanidade.

A educação também esteve na rodada dos debates. Aqui, as arquitetas Camila Martin e Cibele Rocha, do escritório Wenk & Gama Arquitetura e Interiores, relataram como o relacionamento e a troca de experiências é fundamental na formação dos profissionais.

Otávio Neto.

Um dos exemplos foi a ação do Senac que incentiva os alunos a não serem apenas bons profissionais, mas pessoas melhores. Por isso, a base de um evento começa na formação e no aprimoramento das pessoas.

Araceli Silveira, vice-presidente de Marketing da Informa Exhibitions no Brasil, abordou a dificuldade e o preconceito que o setor enfrenta, pois muitas pessoas acreditam que os profissionais do setor de feiras trabalham apenas nas datas dos eventos, se esquecendo de toda a logística existente do pré ao pós-evento.

Já na parte de cases de sucesso, o Esfe contou com um dos principais nomes da nova geração do mercado M.I.C.E: Renato Fabri, sócio-fundador da Omelete & CO, que trouxe a experiência, por meio do Comic Con Experience (CCXP) – o maior festival de cultura pop e do universo geek, que só em 2018 reuniu mais de 262 mil visitantes.

“O mercado mudou, assim como o comportamento dos consumidores e a maneira das empresas fecharem novos negócios. Por isso, o Esfe trouxe, nesta edição, a TransformAção como alicerce para a indústria de reuniões, feiras e eventos. Tudo isso porque estamos em plena mutação e ideias inovadoras são necessárias, pois acreditamos que é preciso ter ações efetivas para que o setor de turismo de negócios continue sendo um dos principais pilares para alavancar a economia brasileira.”, finaliza Otavio Neto.