Experiência de Marca

Ei,Taxi…

“Ei, Taxiiii!”… talvez seja a frase que você já está recebendo, mas seu será que seu letreiro está aceso?

Sabe quando você está na estrada e o carros que estão vindo em sentido contrário te dão um sinal de farol? Você automaticamente entra em um estado de atenção porque alguma coisa eles estão dizendo e com um simples piscar de luz, eles estabeleceram uma comunicação eficiente…

 

Quinta-Feira, reunião no final do dia, compromisso logo na sequência e aquele trânsito infernal. Era a hora do rush e qualquer pedido no Uber acusava em torno de 15 minutos de espera e puxa, eu estava atrasado. Decidi então pegar um taxi, fazia tempo que não pegava um, imaginei que tivessem mais disponíveis, já que hoje em dia usar um aplicativo é muito mais recorrente.

 

Olhando para os carros na rua, a pouca luz do início da noite ressaltava alguns letreiros de taxis acesos, oras… eu não estava enganado. Cheguei perto de um estendendo a mão e ele me fez o gesto de que estava cheio, olhei e realmente ali estava um passageiro. Não entendi. Outro vinha logo atrás, e quando fiz o sinal, ele rapidamente apagou o letreiro, pois obviamente já levava um passageiro também.

 

Eu comecei a me questionar se o hábito de sinalizar com o letreiro aceso a disponibilidade dos taxis ainda era algo corrente ou não. Para falar a verdade até agora não sei, mas fiquei ainda mais confuso quando percebi que vários taxis vazios passavam com seu letreiro apagado. Pena que eu só percebia isso depois que o analisava ao passar pela minha frente, e obviamente isso não dava tempo para ele perceber meu interesse.

 

Talvez eu estivesse acostumado demais em simplesmente solicitar um Uber pelo aplicativo, com a certeza absoluta de sua disponibilidade pelo aceite da corrida, mas e com taxis comuns, como é que se faz? Se eu não o pegar num ponto, solicitar por um telefone ou pagar a absurda taxa em um aeroporto, eu não consigo pegar mais nenhum na rua? A batalha com o Uber já tá perdida e eles desistiram de se comunicar? E como vou conseguir de longe identificar se ele está livre ou não?

 

Parece que em meio de uma grande movimento de mudança do sistema de transporte urbano e do quanto a concorrência de aplicativos como o Uber, 99, Cabify e tantos outros fizeram com que o serviço de taxis das cidades tivessem que mudar sua forma de oferecer serviços, ainda existem muitas falhas e entre elas, saber como se sinalizar, como se mostrar disponível e bastava pra isso acender uma luzinha, coicidentemente bem em cima da cabeça do motorista, como aquelas lâmpadas que simbolizam as ideias, a grande ideia de dizer: cara, pode dar sinal que eu tô livre e te levo pra qualquer lugar! Mas não parece que é assim…

 

Estou aqui viajando nessa história pra trazer uma provocação sobre o quanto nós, como profissionais, seres humanos, alunos, professores, líderes, maridos, esposas, namorados, amigos, colegas ou qualquer outro tipo de relação entre pessoas, estamos realmente deixando claro o quanto estamos ou não disponíveis, livres para mais uma viagem, aptos para uma nova corrida, dispostos à uma nova história, abertos à um novo caminho, atentos à um novo papo, receptivos à um novo cliente, amigo ou relacionamento ou receptivos à um novo chamado e deixando claro – antes de mais nada – esta disponibilidade a partir de um sinal claro, visível e que tudo mundo entende, como um letreiro.

 

Encontramos pessoas descontentes aos montes querendo mudar de vida, outros acham que conseguem disfarçar sua baixa disposição em continuar fazendo as mesmas coisas, têm também aqueles que não conseguem ser sinceros em suas relações ou com seus objetivos e aí fica pergunta: será que ao fazer isso o seu luminoso está ligado ou desligado? As pessoas estão vendo o que está acontecendo ou você está esquecendo de sinalizar o seu estado. Buscar uma mudança é algo mais do que lícito, mas se você deixa claro sua vontade de, será que ela vem assim tão fácil?

 

Estar cheio ou vazio são dois estados físicos que são muito mais complexos do que o espaço de um taxi ou veículo de aplicativos de transporte, ele também determina o quanto estamos com espaço ou não para novos aprendizados, conhecimentos, estudos ou para poder rever nossos conceitos e mindset. E mais do que “espaço em disco” (afinal, nossos cérebros estão realmente cheios de informações), precisamos saber quanta disponibilidade estamos tendo, o quanto available estamos nos deixando para que realmente as coisas possam aparecer.

 

Da mesma forma como eu não encontrei o que eu queria porque não entendi que  códigos que hoje eles estão usando, isso só me fez voltar correndo para o aplicativo. E isso traz o simbolismo de como pode ser que estejamos perdendo grandes oportunidades, não nos atentando à nossa forma de comunicação e os sinais que estamos ou não passando. Sabemos que no trânsito maluco da vida e das inúmeras pessoas que estão disputado um lugar no “veículo” que o levará para seu destino, não há lugar para perder tempo, deixar passar a oportunidade ou não sentar logo na “janelinha”.

 

Se não acendermos o letreiro e deixarmos claro o que somos, como estamos, o que queremos e para onde vamos, podemos simplesmente ter que rodar vazios, sem nenhum passageiro ou oportunidade que traga ao nosso “taximetro” a recompensa que podemos conquistar pelo nosso esforço.

 

Isso vale para pessoas, para empresas, para os negócios e para vida. Hoje precisamos primeiramente definirmos que queremos ir, deixando claro para onde. Agora, como ir pode ser feito por várias formas, mas sai muito na frente quem deixa o letreiro aceso e mostrar claramente o que quer e sua disponilidade em encarar um novo caminho.

 

“Ei, Taxiiii!”… talvez seja a frase que você já está recebendo, mas seu será que seu letreiro está aceso?