Experiência de Marca

Tudo para os jovens e nada para a Melhor Idade?

Há anos o Promoview se destaca com a divulgação de ações de live marketing, e não nos recordamos de nenhuma grande ativação criada especificamente para o público da Melhor Idade.

No dia 26 de julho, comemora-se o Dia Mundial dos Avós, porém, essa data passa despercebida quando o assunto é ativação de marca ou ação promocional.

Para se fazer uma ativação de marca para um público de mais idade, não precisa necessariamente ser em uma data comemorativa. Muitas outras oportunidades surgem diariamente e elas estão passando em branco.

Cada vez mais as marcas estão fazendo de tudo para se aproximar e conquistar a Geração Y.

A preocupação em ficar próximo dos millenials faz sentido, afinal, eles estão em toda parte, são superconectados e podem levar uma marca ao topo, ou derrubá-la.

A Geração Millennial está mudando o mundo. É a faixa etária mais expressiva no mercado de trabalho norte-americano, e, globalmente, tem um poder de compra de U$ 2,45 trilhões.

Para conectar-se com esses novos consumidores é preciso preparo, deixando de lado antigos conceitos. 

Ainda que pesquisas reforcem o lado conectado dos millennials, é importante saber: não é apenas no ambiente on-line que a relação se consolida.

Os millennials estão nas lojas físicas, nos movimentos de rua. Quando buscam um produto, conhecem-no nos mínimos detalhes. Se quiserem um tênis, por exemplo, já sabem tudo sobre ele, muito além do modelo e da cor: eles sabem até o material com que é feito o cadarço.

Mas, será que não estamos esquecendo ninguém no quesito ativação de marca, criação de produtos, fidelidade, marketing de relacionamento, entre outros?

Com toda essa preocupação com a Geração Millenials, onde fica a “Geração Melhor Idade”?

Segundo pesquisas, 76% dos brasileiros com mais de 50 anos de idade estão no Facebook e 78% possuem Smartphones.

As empresas focam nos jovens, mas devem ter atenção com os mais velhos também, afinal, eles estão com um poder de consumo maior, usando de modo cada vez mais frequente os dispositivos móveis e aplicativos.

Focar apenas nos jovens não é inteligente, uma vez que eles não constituem o único grupo interessado em novidades. Por isso, as marcas devem pensar bem antes de isolar os clientes mais velhos.

A população idosa brasileira está em constante crescimento. Diante disso, é importante observar como está sendo a sua inserção e interação com as tecnologias e marcas.

Muitas empresas estão esquecendo que as pessoas da Melhor Idade viajam, gostam de ações promocionais, de dançar, e, principalmente, de estarem conectados.

A única diferença deles em relação aos millenials, é que os mais velhos não têm por hábito formar grupos para detonar ou elogiar uma determinada marca ou produto, ao contrário dos jovens que adoram fazer isso, muitas vezes sem um conhecimento mais aprofundado.

Há anos o Promoview se destaca com a divulgação de ações de live marketing, e não nos recordamos de nenhuma grande ativação criada especificamente para o público da Melhor Idade.

P&G está antenada

“A idade será o próximo valor a ser analisado na agenda para os anunciantes, pois chegou a hora da indústria desfazer os estereótipos que ajudou a perpetuar”.

A frase é de Mark Pritchard, diretor de marca da Procter & Gamble. A gigante mundial anunciou sua iniciativa de promover 100% de igualdade de gênero em toda a publicidade.

Pritchard disse que há muito mais a caminho da diversidade e inclusão, com a idade precisando ser mais bem representada. “Como empresa, agora estamos nos concentrando não apenas nos millennials, mas também nos boomers. Essa é a próxima área – a parte etária é provavelmente a próxima fronteira.”, declara Pritchard.

Reconhecendo que a indústria publicitária tem sido parte do problema em possibilitar estereótipos ao longo dos anos, Pritchard disse que os anunciantes têm a responsabilidade de desafiar essa abordagem.

“Alcançamos cinco bilhões de pessoas no planeta todos os dias e somos o maior anunciante do mundo. Temos a oportunidade e a responsabilidade de mudar a percepção. Imagens e como as pessoas são retratadas na publicidade afetam a memória, o que afeta o preconceito. Existe um preconceito inconsciente que vem de tais imagens e [influencia] como você vê o mundo. “, completa Mark.

Refletindo sobre o papel da indústria, Pritchard acrescentou: “Havia uma percepção ou crença de que você poderia fazer esse tipo de anúncios – e foi isso que vendeu. Mas o oposto é verdadeiro. Quanto mais igual é um anúncio de gênero, foi demonstrado que você obtém um aumento de 10% na confiança e um aumento de 26% no crescimento das vendas.”

“Estamos reinventando a mídia, reinventando a publicidade, reinventando parcerias de agências e reinventando o marketing.”, finaliza Mark.

Com essa declaração de Mark Pritchard, fica claro que a P&G está realmente disposta a acabar com estereótipos e está fazendo o seu papel de inclusão de uma forma bem ampla.

Seria interessante que mais marcas, em parceria com sua agências, olhassem com um pouco mais de carinho para esse público. Quem sabe não está aí um segmento a ser explorado e que pode trazer muitos lucros? A palavra da moda é inclusão. Só falta usá-la em todo o seu significado!