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O que podemos aprender com a Disney

Antes de iniciar os apontamentos, vale lembrar que a Disney é sim mágica e divertida e merece uma visita.

Aproveitei a férias de janeiro para dar uma pausa na agenda e vir aos Estados Unidos, mais precisamente Orlando, pra vivenciar na prática a teoria que aprendi com a Disney quanto a encantamento.

Claro, esta oportunidade que me dei serviu também para viver as formas norte americanas de trabalhar promoções, principalmente ligadas a de preço e combos. Este segundo tema tem muito o que falar, mas neste texto focarei na Disney e nas suas táticas para vender produtos e imagem.

Antes de iniciar os apontamentos, vale lembrar que a Disney é sim mágica e divertida e merece uma visita. Mas com olhar atento a estratégias de vendas, não houve como não reparar como ela é uma ótima vendedora de tudo que se refere a ela própria. Mais que isso, ela cria oportunidades de vendas a cada momento.

Também é importante ressaltar o quanto ela é completa de exemplos práticos de excelência em modalidades da nossa área, o Live Marketing. A cenografia de cada atração é altamente lúdica e atenta aos detalhes, seus shows que mais lembram grandes eventos, rica em tecnologia e com tempos e movimentos precisos.

Mas vamos falar em vendas:

ENCANTAMENTO: contar com os personagens da Disney por si só já é uma carta na manga invejável, e disso eles tiram o máximo proveito. Cada ação dos personagens, sejam os ativos por conta de atores quanto mecanicamente, focam encantamento. Claro que isso é a Disney, mas não podemos esquecer que quanto mais encantado o cliente, mais chances ele terá de abrir a carteira.

FACILIDADE: o Disney entrega aos seus visitantes uma pulseira com a cara do Mickey, chamada MagicBand. Através dela você pode acessar brinquedos, comprar fotos tiradas no parque, etc e etc. Não estar trocando dinheiro com eles a cada momento faz naturalmente você não perceber ele sendo gasto. O consumidor entende a pulseira como mais uma facilidade, e a Disney como lucro.

LOJAS: Após a experiência de cada atividade, estas sempre ligadas a personagens ou universos Disney, o visitante é levado automaticamente a uma loja com itens relativos a brincadeira. Se a montanha russa é do Toy Story (apenas exemplo), depois de viver todo seu universo enquanto a espera na fila, brinquedos, roupas, capas de celulares e outras dezenas de itens deste personagem estarão presentes na loja para compra.

FOTOS: em todo canto do parque fotógrafos da Disney convidam a todos para fotos oficiais. As fotos são enviadas a MagicBand do visitante que, somente pagando, terá acesso a elas mais tarde.

DRIVE DO SHOPPER: cada uma das dezenas de lojas da Disney conta com um inteligente desenho de loja. Seus produtos clássicos tem preços mais atrativos, já que os que ficam exatamente aos seus lados são menos clássicos e bastante mais caros. Com isso, o consumidor é direcionado a comprar os itens principais da Disney, mesmo sem perceber.

MARCA: parte dos cafés da Disney são na verdade Starbucks. Porém, as cafeterias não levam este nome, que aparecem apenas nos copos tradicionais da marca. Assim, outras marcas não aparecem com força no parque. Ou seja: o Starbucks pode vender, mas não roubar visibilidade.

MAGIC HOUR: se você quiser o parque todo para você por uma hora inteirinha, isso é possível. Basta pagar um valor bastante alto para, em determinados dias, usar o parque por uma hora a mais (após seu horário de fechamento).

Não vou me estender muito, mas estes são alguns itens que separei pra hoje. Porém, há muito o que falar sobre a Disney, mas estes deixarei para novas oportunidades.

Até lá!