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E porque nada será como antes...

Percebemos no cotidiano que cada vez mais temos muito a reconsiderar e ressignificar nos conceitos preestabelecidos e até enraizados no nosso subconsciente. É o caso da Longevidade.

Há mais de trinta anos que ouvimos falar de “mudança de paradigma” um termo criado na Administração. E esse conceito se expandiu para demais áreas, sendo hoje muito comum ser citado nas conversas, quando o assunto é mudança cultural.

Porém, percebemos no cotidiano que cada vez mais temos muito a reconsiderar e ressignificar nos conceitos preestabelecidos e até enraizados no nosso subconsciente. É o caso da Longevidade.

Muitos já ouviram falar que teremos em breve a possibilidade de viver centenas de anos com a ajuda da tecnologia e descobertas da Ciência. Muitos centros de estudos estão espalhados pelo mundo, estudando essa população de cidadãos maduros que cresce de forma silenciosa.

Vejam, estamos com mais de 29 milhões de pessoas com mais de 60 anos de idade no Brasil (IBGE). Se prestarmos bem a atenção, essas pessoas já não se veem como pessoas que andam de bengala, ficam confinadas em casa, vestidas com roupas antiquadas e esperando a morte chegar.

Muitos continuam a trabalhar normalmente, são arrimos de família, têm uma relação bastante próxima com a tecnologia digital, adoram se divertir, viajam frequentemente com os amigos, têm uma vida independente, pleno de saúde e alguns pretendem empreender em novos negócios. Hoje, a imagem antiquada sobre a velhice está se tornando cada vez mais rara, uma exceção, principalmente, nas áreas urbanas.

Então, hoje eu venho aqui para falar especialmente com os anunciantes que estão ainda de “cara virada” com essa tendência de mercado. Achando que poderão ter sua imagem manchada pelo preconceito de ser uma marca para “velhos”.

Para empresas que acreditam que essa é ainda uma tendência e que poderá ser ou não um sucesso daqui alguns anos. Para empresários que acreditam que longevidade é apenas para alguns nichos de mercado, que não é um mercado rico e transversal, e assim por diante.

Acorde, minha gente. Esse futuro já chegou e se chama Economia Prateada. Quem não se atentar para essa realidade, vai perder a dianteira e precisará correr muito para alcançar ou ter seu diferencial competitivo estabelecido com tranquilidade.

Mudar uma cultura interna não é feita de um dia pro outro, pois o choque poderá ser grande e traumático. Hoje poucas empresas estão colocando no seu radar a longevidade (seja para seu público interno, como para clientes).

O mercado já está aí, são cidadãos maduros e ansiosos para serem atendido nas suas necessidades, desejos e sonhos. Essa população só vai crescer e não terá retorno, pois os brasileiros têm cada vez menos filhos e mais tempo de vida ativa.

A estimativa oficial é que um em cada três brasileiros será oficialmente um cidadão maduro em 2050. E esse é um consumidor muito consciente, seletivo, de bom poder aquisitivo, que preza qualidade de vida e necessitará a criação de diversos novos produtos e serviços.

Na verdade ninguém se preparou para essa nova realidade, nem os consumidores, nem as marcas e nem o poder público. Por isso, é um momento muito propício para iniciar uma nova jornada, estudando essa população, preparando as localidades mais adequadas e oferecendo serviços e produtos que possam atender as expectativas e sonhos da população madura. Afinal, nada mais será como antes e já começou a Economia Prateada.