Experiência de Marca

Eventos e Turismo, um casamento que pode movimentar cidades.

Sempre defendi um casamento perfeito entre Turismo e Eventos. Um nasceu para o outro.

Sempre defendi um casamento perfeito entre Turismo e Eventos. Um nasceu para o outro. Aliás, custo a entender porque, no Brasil, País vocacionado ao Turismo e aos eventos, os governos não investem nessas áreas como perspectiva de curto prazo para recuperação econômica de algumas Cidades do País.

Não é novidade para ninguém, muito menos para o mercado de comunicação, marketing e eventos que a crise econômica reduziu, em muito, as possibilidades de trabalho.

Também não é novidade alguma que a falta de profissionalismo desse nosso mercado agravou, em muito, também, a situação.

Há falta de profissionalismo, diga-se de passagem, tanto do lado dos clientes, inflados de gente desqualificada no seu Marketing e, especialmente, de juniores presunçosos, com seus MBAs de nada, quanto de profissionais de eventos, promoção e comunicação despreparados, desatualizados e brincando com o que é muito técnico, do nosso lado.

Ou seja, essa mistura fatal de falta de profissionalismo, incompetência e omissão tem proporcionado fracassos que levam marcas e clientes à percepção errônea de que o que fazemos não é estratégico e não tem relevância na cadeia dos negócios que são responsáveis pela retomada econômica.

Mas como uma atividade de comunicação como o Live Marketing, responsável, segundo pesquisa de mercado de comunicação de 2016, por movimentar, em 2015, em plena crise econômica, 40 bilhões de reais pode não ter relevância econômica na recuperação de emprego em renda no País?

Analisando questões como essa, me dei conta de que nada se fez de prático, verdadeiro, perene e muito menos em termos de investimento merecido em Turismo e Eventos para Cidades como Recife, Salvador, Florianópolis, Natal, Fortaleza, São Luís, São Paulo ou Rio de Janeiro.

Não cito aqui outras cidades ou porque seriam muitas a citar, já que o Brasil tem inúmeras cidades com potencial turístico, ou porque, como Gramado, Bonito e Fernando de Noronha, já tem um trabalho legal para Turismo e Eventos.

Qual o problema, então?

O problema é que o Turismo e os Eventos são a forma mais imediata de, em curto prazo, atrair turistas, nacionais e estrangeiros, que ocupam quartos de hotéis, comem em restaurantes, usam táxis, compram no comércio e deixam nas cidades seu dinheiro.

Essas duas atividades geram novos empregos, trazem recursos que movimentam o comercio e os serviços, proporcionam novos investimentos, como a abertura de novos negócios que geram, em si, obras de recuperação de espaços, trazem ações, ativações e experiências de marca, impõe maior arrecadação de impostos para a cidade, melhorando, inclusive, a segurança, porque contratam seguranças particulares… e por aí vai.

A maioria dos governos, até agora, investiram politicamente e “marketeiramente”, na pior acepção do termo, nos órgãos responsáveis por Turismo e Eventos, colocando pessoas sem qualificação ou vivência nas duas áreas e estes ali estavam mais para ser vistos nos grandes eventos, negociar com marcas e empresas na busca de recursos nunca reinvestidos nas áreas, mas usados em outras, quando não na eleição de vereadores e prefeitos.

Pior, vereadores de cidades absolutamente vocacionadas ao turismo tem agido, a meu ver, de forma maliciosa, sob a égide do “politicamente correto”, criando leis que impedem que marcas patrocinadoras de eventos possam ser mostradas, ou dificultando a realização de eventos com impostos e taxas inviabilizantes, seguindo o caminho de criar dificuldades para gerar facilidades.

Some-se a isso a falta de percepção das populações locais quanto a importância dos turistas e dos eventos realizados nas cidades que, por certo, trazem incômodos também.

Isso e aguçado pela falta de profissionais de eventos nas estruturas de governo, porque eles sabem que o primeiro passo sempre é trazer os moradores para o seu lado, oferecendo informação antecipada, criando opções para eles não terem problemas e dando contrapartidas de legado urbano e mesmo ingresso especial aos eventos para os que se interessarem em estar nele como espectador ou voluntário, como acontece em países ou mesmo em cidades mais organizadas.

Nas novas gestões que se anunciam nas cidades, especialmente no Rio de Janeiro, vejo a profissionalização dessas áreas com a colocação de gente capaz de produzir mudanças.

Faltam movimentos de entidades dos setores de turismo e eventos no engajamento das ações que começam a acontecer nas cidades.

Basta que isso aconteça para que novos eventos, novas ações, novas ativações de marcas aconteçam e novos empregos e legados práticos sejam deixados para cidades e cidadãos.

Esse texto é uma convocação, muito especialmente para as cidades que cito nele, para os profissionais, agências e governantes delas participarem da mudança que se anuncia com ações concretas, engajamento e empenho, junto com a AMPRO, ABEOC, ABIH e outras instituições e com os novos Secretários de Turismo e Empresas de Turismo.

Ah, e mais importante, com a consciência de que TURISMO e EVENTOS são inseparáveis, industrias contíguas que não vivem uma sem a outra, amor eterno declarado há muito tempo, que transforma cidades desconhecidas em lugares promissores, ilhas de sucesso no Caribe, África, Ásia e América. Nem cito Europa, porque seria covardia.

No Rio de Janeiro, o Carnaval se anuncia forte, promissor e auspicioso, assim como em Recife, Salvador, Floripa e tantas outras cidades.

Que não sejamos as cidades de dois ou três eventos por ano só, vamos fazer diferença e ser indústria de verdade. Sem medo de ser feliz e ganhar dinheiro, que é o que acontece com quem recheia de marcas, alegria, experiência únicas e muita festa lugares que viram ícones.

Rio de Janeiro, gosto de você, gosto de quem gosta desse céu, desse mar, dessa gente feliz.” O ano inteiro, com festa, hotéis cheios, praias lotadas, muita música, shows, eventos de incentivo, esportivos, ativação de marca e muito sol, e muito brilho. Um Rio de vocação maravilhosa.

Viajem comigo nessa ideia. E cantem as canções mais bonitas de suas cidades, para as quais desejo o mesmo que desejo pro Rio, em todos os cantos do Brasil.