De alguns meses para cá assistimos algumas marcas americanas deixando de investir nas ferramentas de mídia tradicional para colocar mais verba em digital. Entendo perfeitamente que a segmentação oferecida pelos buscadores e mídias sociais são interessantes e que o investimento é atrativo, mas não acredito que este caminho seguido por algumas marcas seja sem volta.
Entre meus contatos do Facebook tenho dezenas de colegas atuantes no digital, e noto que esta realidade apresentada acima tem mexido com eles. Enquanto alguns comemoram e gritam a eficiência do digital, outros pedem calma. Junto a eles neste pedido. Calma, mas muita calma nesta hora. Digital é ótimo, mas não é tudo. Ele entrega muito, mas nunca substituirá outras ferramentas. Foi o mesmo alvoroço na chegada do rádio, da televisão e do cinema.
Ferramentas digitais são ótimas para estreitar relacionamento com o público, contribuir com o conceito da marca e capturar leads que podem vir a se tornar clientes potenciais. Isso é muito, mas não tudo. É uma peça de uma engrenagem bastante complexa, que para ser potencializada pede outras tão importantes como, como live marketing, publicidade, incentivo, merchandising, endomarketing e tantas outras. Uma andorinha só não faz verão.
Alias, vale frisar que enquanto algumas marcas passam a investir quase toda sua verba de comunicação nas mídias sociais, outras aos poucos se afastam delas alegando que não podem acreditar nas suas auto auditorias. Vale considerar o que argumentam. Facebook, por exemplo, oferece sua ferramenta, diz como você deve investir, cobra da sua marca e executa sua campanha, e logo depois mensura ela mesma o resultado que te entregou. Se você vai ou não acreditar nele, aí é outro negócio.
Me parece, às vezes, que ainda estamos interiorizando estas novas mídias, e neste processo exageramos de forma bastante sensível a importância de cada uma. Assim sendo, calma aí, amigo digital. Digital é ótimo, mas pensar nele sozinho, não.