Considerado pela revista TAM, como o melhor festival de teatro do Norte do país e pela Fundação Nacional das Artes (Funarte), como um dos melhores eventos ligados ao ramo das artes cênicas no Brasil, o Festival Breves Cenas – realizado pela H Produções – chega a sua sexta edição com 12 cenas selecionadas e mais quatro suplentes.
Marcadas para a segunda quinzena de março, no Teatro Amazonas, as apresentações serão realizadas ao longo de cinco dias, sendo o último dedicado somente a premiação.
As inscrições foram realizadas de 28/11 a 20/12/13, e contou com 68 inscritos incluindo companhias e atores locais e nacionais.
Para Dyego Monnzaho, coordenador geral do festival, a demanda foi considerada significativa por toda a organização do evento. “O mais bacana foi sermos procurados por grandes companhias como a Movimento Mínimo (SP) e a Pigmalião Escultura Que Mexe (MG), por exemplo. Além disso, contamos com muitos grupos novos, principalmente de Manaus. Isso mostra que os atores estão interessados nesse tipo de trabalho (cenas mais curtas) e o festival tem ganhado cada vez mais o Brasil”, conta.
Com curadoria formada pela organização do evento, o resultado foi divulgado na última semana por meio do site oficial do festival. Como sempre, Manaus teve somente oito inscritos, sendo dois selecionados.
Monnzaho acredita que a baixa procura na região deve-se a falta de “rotina” em criar espetáculos curtos. “Ainda é um gênero pouco trabalho na nossa cidade. Até porque somos o único evento nesse segmento na região. A experiência dos artistas locais é mais voltada para grandes montagens, grandes espetáculos. Talvez por isso seja ainda pouco procurado”, explica.
E justifica, ainda, a procura de grupos mais jovens devido ao fato de ser um evento onde tudo pode acontecer. “Na verdade, damos a liberdade para que a cena seja criada, podendo dar certo ou errado. É uma oportunidade de experimento, pois o trabalho é muito menor do que montar uma peça de uma hora. E justamente por isso existe essa procura. Os novos atores vem naquela expectativa de mostrar o que está sendo criado pouco a pouco, sem tantas cobranças” e completa: “Já no resto do País é uma “febre” que vem ganhando cada vez mais força”.