Experiência de Marca

Final da Conmebol Libertadores será em Madri

Um fato raro marca o futebol sul-americano. Pela primeira vez na história da comeptição esportiva, a final não será na cidade de um dos finalistas.

Um fato raro marca o futebol sul-americano. Pela primeira vez na história da comeptição esportiva, a final não será na cidade de um dos finalistas.

Um clássico argentino que não acontecerá na Argentina. Assim será o último jogo da final da Conmebol Libertadores 2018, entre River Plate e Boca Juniors.

A primeira partida, ocorrida em 11 de novembro, na Bombonera, estádio do Boca, acabou em empate de 2 a 2. A segunda, deveria ter ocorrido no sábado, 24, no Monumental de Núñez, estádio do River, mas foi cancelada pela Conmebol, organizadora do torneio, após o ataque de torcedores do River ao ônibus dos jogadores do Boca.

A partida chegou a ser remarcada para o mesmo local no dia seguinte, mas o Boca “por supuesto” se recusou a jogar. Além disso, o clube queria que o River fosse punido, e, assim, a equipe agredida se sagrasse campeã.

Seria a primeira vez que o último jogo da Libertadores aconteceria num final de semana, com o objetivo de aumentar a visibilidade do embate e pela maior flexibilidade de agendas, já que se tratava de dois times do mesmo país.

Na plateia, haviam vários convidados da Federação Internacional de Futebol (Fifa). Mas após a confusão, entre decidir o campeonato fora dos campos e realizar o clássico argentino fora da Argentina, esta última foi a opção da Conmebol.

Após especulações sobre onde seria realizada a partida – Doha, Miami, New Orleans, Asunción, Medellín e até Paris – a cidade escolhida foi nenhuma dessas. Madrid, na Espanha, receberá a partida que será realizada no estádio Santiago Bernabéu dia 9 de dezembro, após vencer a espécie de leilão para sediar o jogo. Os argumentos teriam sido “segurança e latinidade”, já que na capital espanhola há muitos argentinos e ela também recebe vários voos vindos da América do Sul.

Patrocinadores

No meio disso tudo, como ficaram Bridgestone, Santander, Toyota e Amstel (do Grupo Heineken), principais patrocinadores da Libertadores?

A Toyota, que patrocina a Libertadores há 20 anos, afirmou que não iria se pronunciar oficialmente a respeito do tema. Já a Amstel, que patrocina a competição pelo segundo ano, num contrato que vai até 2020, e o espanhol Santander, para quem Madri certamente foi uma boa escolha, não se manifestaram.

A Bridgestone, que até ano passado detinha o naming right da competição, emitiu o seguinte posicionamento: “A Bridgestone tem uma longa trajetória de apoio ao esporte como estratégia de aproximação da marca com seus públicos. Com o patrocínio à Conmebol Libertadores, que começou em 2013, a empresa promove experiências para seus clientes e fãs do esporte, que envolvem paixão, alta performance e trabalho em equipe, atributos comuns a empresa.”

O esporte não vive sem patrocinadores, assim como não vive sem seus apaixonados torcedores. Porém, até quando a estupidez de alguns torcedores irá interferir em uma final de campeonato?

Não é a primeira vez que isso acontece e tudo acaba em pizza. Nenhum time é punido o suficiente para convencer os torcedores ignorantes, se é que dá para chamar de torcedor indivíduos que incentivam a violência na prática esportiva.

Perder mando de campo, não resolveu. Torcida única, muito menos, até porque a violência se deu fora do estádio. Solução? Até o momento ninguém encontrou a fórmula mágica, e, enquanto isso, quem paga a conta são as marcas patrocinadoras.