O serviço de streaming fechou o ano com aproximadamente 8 milhões de assinantes no Brasil, resultando em um faturamento de pelo menos R$ 1,4 bilhão.
Isso significa que sua base de clientes ultrapassou a SKY e está se aproximando da NET, atual líder em TV paga. Além disso, a receita é 50% maior que do SBT.
Foi o que revelou o colunista Ricardo Feltrin, do UOL, após conversar com funcionários e prestadores de serviço. A empresa divulga resultados financeiros globais, mas não abre números quando menciona nosso país.
Netflix tem quase tantos assinantes quanto NET/Claro
Segundo Feltrin, a Netflix terminou o ano com mais de 8 milhões de assinantes no Brasil. Isso representa 6% dos 137 milhões de seus clientes ao redor do mundo. (Os Estados Unidos respondem pela maior parte das assinaturas, cerca de 43% do total.)
A base da Netflix vem ultrapassando as operadoras de TV paga. Ela já tem mais assinantes que a SKY, Oi e Vivo; e está chegando perto da NET, atual líder de mercado. Estes são os dados de outubro de 2018, segundo a Anatel:
- NET/Claro: 8,76 milhões de assinantes.
- SKY: 5,242 milhões de assinantes.
- Oi: 1,599 milhão de assinantes.
- Vivo: 1,591 milhão de assinantes.
Se comparada a outros serviços de streaming, a Netflix está em primeiro lugar: ela domina 18% do mercado brasileiro, segundo a consultoria Business Bureau. O Globoplay está em segundo lugar com 4% de participação, seguido pelo Telecine Play e SKY Online com 3% cada.
Netflix fatura mais que SBT e se aproxima da Record
Além disso, a Netflix fatura mais de R$ 1,4 bilhão por ano no Brasil “numa estimativa conservadora”, diz Feltrin. Esse valor chega perto da Record, e é quase 50% maior que a receita anual do SBT.
Este foi o faturamento das principais emissoras de TV aberta em 2017 (Band e RedeTV! não divulgam esses dados):
- Globo: R$ 9,78 bilhões.
- Record: R$ 1,845 bilhão.
- SBT: R$ 998 milhões.
Feltrin também revela que a Netflix tem 50 funcionários registrados no Brasil, como advogados especializados em direitos autorais, publicitários e negociadores de conteúdo. No entanto, não há um chefe, gerente ou diretor por aqui: o sistema de gestão é horizontal e descentralizado; se houver algum problema, é preciso entrar em contato com a matriz nos EUA.