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Festivais de música não querem tecnologia de reconhecimento facial

Coachella e SXSW lideram grupo de organizações que atenderam reivindicações de artistas contrários ao uso de softwares do tipo em seu público.

Coachella e SXSW lideram grupo de organizações que atenderam reivindicações de artistas contrários ao uso de softwares do tipo em seu público.

Quarenta dos grandes festivais de música do globo fizeram uma declaração coletiva oficial no final do mês de outubro, para confirmar que não vão permitir o uso de tecnologia de reconhecimento facial nos arredores de seus respectivos eventos.

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O grupo, que inclui nomes peso-pesados como o Coachella e o SXSW, emitiu a proibição em vista do protesto de inúmeros artistas e da organização Fight for the Future sobre softwares do tipo, cuja preocupação morava em cima dos propósitos maléficos que tais dados coletados poderiam fornecer às empresas responsáveis.

Em uma carta aberta publicada no BuzzFeed News, o líder do movimento de artistas Tom Morello e o diretor do Fight for the Future Evan Greer escreveram que “Esta vitória é o primeiro grande revés para a disseminação do uso comercial do reconhecimento facial nos Estados Unidos.”, e que seu caráter significativo não poderia ser superestimado.

O motivo para tamanha oposição à tecnologia passa por algumas possibilidades negativas e de grande impacto nas dinâmicas destes eventos, como usar a identificação para apreender pagantes com problemas de imigração, possibilitar a órgãos federais uma farta base de dados de rostos e a confusão ainda bem provável destas máquinas entre cidadãos não brancos.

O movimento não é isolado em suas preocupações, vale acrescentar. Apesar de três cidades já terem banido a tecnologia nos EUA e o Congresso do país estar avaliando uma lei federal contra programas do tipo, os softwares de reconhecimento facial já estão sendo utilizados no Japão para vender anúncios em táxis e até mesmo auxiliar na segurança nas Olimpíadas do ano que vem, além de já haver uso em redes de fast-food e no policiamento da China.

A luta entre ativistas e as grandes companhias responsáveis pela tecnologia continua firme e forte, enquanto isso, com a Amazon e o Facebook se mostrando um pouco mais resistentes em ceder aos pedidos externos.

A lista completa de festivais que concordaram com a proibição pode ser lida no site oficial da campanha Ban Facial Recognition.