Mídia

A mídia off-line não existe mais?

Novas mídias, novos formatos de comunicação. Essa é a vertente que permeia o nosso universo digital. Fazer marketing já não é tão simples como antigamente.

Com as pessoas cada vez mais ‘apegadas’ aos seus smartphones, com o mobile sendo tido como a ‘bola da vez’, a impressão que se tem é que não existe mais espaço para a publicidade em outros meios.

Na verdade, é exatamente o contrário. As mídias como OOH, jornais, revistas e televisão são mais imprescindíveis do que nunca, ainda mais com a possibilidade que muitas já abraçaram a ideia de se integrar ao mobile, e, assim, se tornarem inerentemente digitais.

Novas mídias, novos formatos de comunicação. Essa é a vertente que permeia o nosso universo digital. Fazer marketing já não é tão simples como antigamente.

Hoje, há um mundo de possibilidades, e, o mais importante, é entender cada consumidor individualmente, não se baseando apenas em estimativas e opiniões, criar laços e estar cada vez mais próximo do público-alvo, criar canais integrados de comunicação e enxergar o consumidor como ele é e não como gostaríamos que fosse.

Diante de tanta oferta, o cliente é facilmente fisgado pela concorrência, e, nesse mercado, quem sobrevive é quem possui as melhores estratégias e sabe usá-las a favor do seu negócio.

Com a evolução da tecnologia e a popularização dos celulares — dados da Anatel apontam que o Brasil tem 198 milhões de celulares inteligentes em uso. Dessa forma, o mobile abre possibilidades muito relevantes e transformadoras tanto para o consumidor, como para marcas, e, também, para os veículos.

Os três grupos, no entanto, a exploração dessa nova mídia ainda está tímida, se formos levar em conta todo o seu potencial. No entanto, os veículos só mais recentemente descobriram que as possibilidades de sua presença no mobile vão muito além da criação de aplicativos.

A diferença com o celular é que o aparelho permitiu às empresas criarem tecnologia de localização, transformarem este dado em entendimento do contexto do consumidor no mundo físico, e, assim, entregarem uma mensagem publicitária muito mais contextualizada na rotina das pessoas, e, com isso, muito mais relevante. Resultado: maior nível de interação e engajamento com a mensagem.

Já para as marcas, um dos grandes benefícios do mobile e da tecnologia da localização é permitir o conhecimento profundo do hábito do consumidor do mundo físico.

Se o digital provocou uma revolução porque permitiu às marcas indexarem a jornada das pessoas no mundo virtual, conhecendo, assim, seu comportamento digital — que, vale destacar, é aspiracional, já que pesquisas apontam produtos que as pessoas querem, mas não necessariamente compram —, agora, elas conseguem fazer este mapeamento no mundo físico em que comportamento traduz a jornada real de compras.

Para a TV e impresso, novas soluções de intensificação da comunicação dos veículos com o consumidor também estão surgindo.

Para os veículos, o benefício também vai além da maneira de comunicação. Ele dá aos publishers uma impensada quantidade e variedade de dados que permitem que os profissionais de marketing ajam de maneira muito mais cirúrgica em suas estratégias.

É possível, por exemplo, saber o real raio de influência de um relógio de rua, já que é possível traduzir em informação de para onde o fluxo de pessoas que passaram pelo mobiliário migrou após passar por ele, entre outras.

As possibilidades são inúmeras e novas soluções surgem a cada dia. Podemos afirmar sem medo: a integração das mídias já é uma realidade, e, por isso mesmo, a off-line não acabou, apenas mudou o seu comportamento.