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Vamos pensar fora da caixa?

O esporte amador no Brasil, de uma forma geral, está abandonado. A própria CBF, a instituição máxima do nosso futebol já perdeu muitos patrocinadores. Então, por que não ir na contramão?

Até quando as marcas vão ficar presas apenas ao que já é conhecido por todos? Está na hora de mudar! O esporte amador brasileiro precisa de aporte para se fortalecer e fazer frente aos outros países quando participa de uma Olimpíada, por exemplo.

Existem diversos espaços para ativação de marca, no entanto, quando se trata de investir recursos no que a mídia não fala diariamente, os investimentos desaparecem. Em função disso, nada de novo acontece.

É fácil investir, por exemplo, em um atleta da Seleção Brasileira de Futebol que já é conhecido mundialmente e tem milhares de fãs. Agora, quando se trata de patrocinar um atleta paralímpico ou os Jogos Universitários Brasileiros, verdadeiro celeiro de novos atletas, o patrocínio desaparece.

Vamos dar como exemplo a edição dos JUBs realizado em Cuiabá (MT). No total, foram 4.500 participantes de 26 Estados e do Distrito Federal, dentre delegações, árbitros, voluntários e Comitê Organizador.

Ao todo, foram 17 modalidades esportivas, sendo 13 individuais e quatro coletivas. Aí vem a pergunta-chave: E as ativações de marca? Nenhuma.

Para realizar o evento, a Confederação Brasileira de Desportos Universitários – CBDU, investiu cerca de R$ 5 milhões em Cuiabá, sendo 60% em hospedagem e alimentação, 25% em materiais, equipamentos e outras despesas da parte técnica e competição e 15% em RH e encargos.

Camiseta do evento sem nenhuma marca patrocinadora.

A contrapartida do Governo de Mato Grosso foi de mais R$ 2 milhões, enquanto as FUEs/Estados desembolsaram R$ 1,5 milhão, que envolveu os gastos com ônibus, uniformes e outras despesas das delegações.

Muitas federações universitárias não tiveram apoio para bancar sequer a viagem dos seus atletas. Muitos deles viajaram milhares de quilômetros de ônibus. Onde estava Azul, GOL, Latam que tanto investem em ativação de marca que não apostaram nessa iniciativa?

Esporte é vida, é saúde, é relacionamento. No caso dos JUBs, uma interação de povos com pensamentos diferentes, com culturas diversas, ou seja, o cenário ideal para uma marca se posicionar.

Faltou uma estratégia por parte dos organizadores ou visão aos departamentos de marketing das grandes marcas que não enxergam nos JUBs um cenário ideal para se destacarem?

O esporte amador no Brasil, de uma forma geral, está abandonado. A própria CBF, a instituição máxima do nosso futebol já perdeu muitos patrocinadores. Então, por que não ir na contramão? Ou seja, se quisermos um País melhor, onde a corrupção não seja o cartão-postal, que tal investirmos em uma nova geração?

O Brasil foi palco das Olimpíadas. Alguns atletas olímpicos, que são universitários, estiveram presentes no JUBs, mas nem isso fez com que alguma marca se pronunciasse.

Coca-Cola, Nestlé, Pepsi, Samsung, Nissan e tantas outras marcas que investem milhões em eventos esportivos ao redor do mundo, por que não investir também em algo como o JUBs ou torneios regionais de basquete, vôlei, natação, entre tantas modalidades esportivas que temos nesse Brasil?

Está na hora de pensar fora da caixa. O nosso País é um celeiro de bons atletas, falta apenas apoio! As agências especializadas também precisam começar a ver novos horizontes de ativação para oferecer aos seus clientes.

Pegamos como exemplo do “pensar fora da caixa” o meio esportivo. Porém, esse jargão é utilizado para se referir a encontrar soluções criativas e diferentes relacionadas aos problemas e situações pelas quais todos passam.

Quando se fala sobre criatividade, as pessoas atribuem o elogio “criativo” como se ele fosse um dom mágico e inerente.

Normalmente, a característica é atribuída às ocupações artísticas e relacionadas à comunicação, marketing e publicidade, mas qualquer um pode se beneficiar em viver uma vida mais criativa.

Um advogado, um engenheiro ou mesmo um operador de telemarketing podem se beneficiar — e muito — por “pensar fora da caixinha”!

Criatividade tem técnica e método. Existem muitas formas de “hackear” os processos que já fazemos naturalmente, “forçando” o cérebro a buscar soluções diferentes para os problemas.

Muito se fala nos dias de hoje quando o assunto é política, que devemos apostar no ‘novo’. Mas, e no live marketing, até quando as marcas vão deixar de se arriscar?

Os ‘promocitários’, palavra criada pelo nosso querido Tony Coelho, e que faz jus aos inúmeros profissionais das agências de live marketing, estão sedentos por realizar algo novo. Basta as marcas acreditarem!