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Reflexões para o ano que realmente começa agora

Dizem que o ano começa após o Carnaval. Bem, neste “começo” de ano eu estou muito feliz com o convite do Promoview para dividir com vocês um pouco dos meus quase 30 anos de experiência com produtos de consumo de massa e seus canais de distribuição.

Dizem que o ano começa após o Carnaval. Bem, neste “começo” de ano eu estou muito feliz com o convite do Promoview para dividir com vocês um pouco dos meus quase 30 anos de experiência com produtos de consumo de massa e seus canais de distribuição, vivenciados em categorias diferentes como cervejas e cosméticos, e, nos últimos dez anos, empreendendo e convivendo de perto com o setor de alimentação fora do lar, especialmente bares e restaurantes.

Espero poder contribuir falando sobre as alavancas que movem o setor e como as indústrias de produtos e serviços que circundam os bares e restaurantes se comportam junto a eles. Fora esta rica experiência com os pequenos empresários, faz parte do meu negócio acompanhar o mercado da cozinha ou culinária ou gastronomia e todos os seus ora sinônimos, ora neologismos que surgem, mas sempre do ponto de vista mercadológico e do business. Isso me inspira!

E por falar em inspiração, as empresas, da mesma forma que muitas pessoas, têm como rotina usar o momento do fim de ano para avaliar seus resultados: o que fizemos errado e não devemos fazer mais; o que fizemos de bom e precisamos manter; o que não fizemos e devemos passar a fazer. Pode ser clichê mas, falar é fácil… Reclamar então, mais fácil ainda…

Quando observamos o mercado de alimentação fora do lar, principalmente bares e restaurantes, estamos falando de  mais de um milhão de empreendimentos no Brasil. Deste total, mais de 90% são pequenos negócios, que representam 2,4% do PIB e 3,1% de todos os impostos arrecadados no País. Presenciamos, ao longo do ano, a continuidade do fechamento dos negócios, principalmente os pequenos e familiares. A despeito da redução recente de alguns custos de alimentos, o setor sofre com o descompasso entre seus custos gerais e o desembolso do consumidor.

Encontrar a solução passa por uma coisa essencial: o posicionamento de cada negócio. Qual a proposta de valor que quero entregar aos meus consumidores? Este é um exercício antigo e rotineiro das grandes indústrias, principalmente de produtos de consumo, mas nem por isso realizado com sucesso.

Qual a essência do seu empreendimento? De onde veio a inspiração para montar o seu negócio? O que fez o seu período de maior sucesso? Talvez as respostas estejam muito mais próximas do que parecem.  Qual o seu público alvo? Se puder definir o que é o seu negócio em uma frase, qual seria? Porque você se define assim e como você entrega isso aos seus consumidores? Refletir sobre isso pode ser um bom começo para, de fato, escrever um posicionamento para o seu negócio. A partir de um posicionamento bem definido, fica mais fácil decidir todos os elementos que compõem a forma e a comunicação do business.

Porque alguns lugares têm a capacidade de nos cativar e nos fazer querer voltar sempre lá? Claro que sempre se deve a um conjunto de coisas, mas se analisar de perto, todas elas estão amarradas por um posicionamento definido, mesmo que este tenha sido concebido de forma intuitiva.

Há muito se fala sobre a inovação e hoje em alta, a palavra “disrupção”, como necessidades primordiais para sobreviver e ter sucesso, mas será que seus processos básicos estão sob controle para permitir que você busque algo “fora da caixa”? Ou quem sabe não esteja na hora de pensar sim de forma diferente, mas as coisas básicas, para fazê-las de maneira mais eficaz?

Aproveite para praticar estas coisas simples e se preparar para este recomeço de 2018 de forma otimista e pragmática, pois com ou sem crise, o tempo não para…

Saúde e foco sempre!