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Cenário do food service e seus desafios para 2021

Mais uma pesquisa feita pela consultoria Galunion junto aos operadores em novembro, acabou de ser divulgada.

Conforme meu último artigo (Veja aqui), venho aqui com mais dados sobre o food service em 2020 e seus desafios para 2021. 

Mais uma pesquisa feita pela consultoria Galunion junto aos operadores em novembro, acabou de ser divulgada.

Abrangendo empresas de todas as regiões do Brasil incluindo franqueadores e franqueados e operadores de lojas próprias de redes e independentes, a pesquisa conseguiu apresentar um panorama bem completo do setor.

Em relação aos resultados de faturamento, 23% estão iguais ou superiores a 2019, 21% reduziram até 25%, 29% reduziram entre 25% e 50% e 27% ficaram abaixo de 50%. 

Ao longo dos meses, o faturamento em relação a 2019 vem avançando de forma significativa e a média está em um faturamento 17% menor que o ano anterior.

Como-principais motivos da não retomada, 29% colocam que seu ponto está em locais que o fluxo ainda não normalizou como shoppings, aeroportos e redondezas de escritórios, 27% apontam falta de confiança do consumidor em frequentar bares e restaurantes, 24% relatam falta de renda dos clientes e 20% em função dos horários e disponibilidades de lugares limitados. 

Além disto, 37% das redes já tiveram que fechar mais de uma unidade definitivamente.

Em relação à jornada de trabalho, 70% fizeram uso da MP 936 sendo que 62% pretendem renovar caso seja continuada em 2021. Porém 64% tiveram que demitir durante a crise e reduziram seu quadro em 37% na média de todas as empresas. 

Com relação à contratação para o final do ano e 2021, 34% pretendem contratar, 42% não irão contratar e 24% ainda não decidiram.

Porém, 91% estão otimistas em conseguir superar essa crise e 74% afirmam que possuem os recursos para honrar a folha do final do ano e o 13º. salário.

Com relação aos impostos, 61% estão com os tributos pagos. Aqueles que precisaram atrasar, 87% esperam um parcelamento e descontos para colocar seus tributos em dia.

Em relação ao delivery e ao take-away, 78% das empresas dizem operar com essas modalidades. Após a reabertura do setor, 57% consideram que as vendas nesses formatos não caíram ou continuaram crescendo e 43% perceberam uma queda nas vendas. 

Como percentual total das vendas, o delivery cresceu de 27% em 2019 para 38% em 2020 e a expectativa para 2021 é que mantenha nesse percentual. Porém para 61% das empresas, o delivery representa até 30% do faturamento.

Os principais operadores de delivery são: iFood com 80% das empresas operando com esta plataforma, depois vem o WhatsApp com 60%, telefone com 52%, redes sociais com 32%, Uber Eats com 29%, Rappi com 25% e aplicativo próprio com 23%. 

Uma das grandes dificuldades do delivery é que somente 36% das empresas se dizem 100% integradas com os sistemas das plataformas e 64% precisam ainda imputar as vendas manualmente em seu sistema.

Em relação à previsão para 2021, 56% se dizem sem previsões em função de um cenário muito nebuloso e com muitas incertezas. 41% esperam crescimento em 2021 e somente 3% esperam queda. Mas como planos para 2021 são citados os seguintes projetos: 41% está aberto a parcerias e a investidores, 37% está investindo em novos canais, 23% em marcas próprias, 22% buscando investidor sem perder o controle, 22% querem vender o negócio, 11% buscando empresas para comprar e 3% novas marcar para franquear.

Como ações para crescer as vendas, aparecem com 69% a ampliação dos canais de relacionamento e fidelização com os clientes, 67% busca ampliar os canais de vendas, 59% estão buscando mais atratividade e rentabilidade em seu menu, 40% querem melhorar seus canais de fornecimento e redução de desperdícios, 35% reestruturar o negócio e 29% buscam evoluir na transformação digital.

2020 chegou ao seu fim e aqueles que conseguiram superar essa jornada ainda têm muito a caminhar em 2021. Muitos desafios ainda estão pela frente. 

O cenário de uma nova normalidade não parece ser no curto prazo. Na melhor das hipóteses será a partir do segundo semestre. Assim meus caros empreendedores, continuem respirando fundo, não relaxem e mantenham o foco na sobrevivência do negócio.

Espero que todos ao final de 2021 possam se  abraçar e comemorar realmente a superação deste período que ficará para nossa história.

 

Foto: Reprodução.