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Black Friday volta a ser oportunidade para sonhos de consumo

Pesquisa realizada pelo Méliuz mostra que 71% dos entrevistados pretendem ir às compras na data, este ano.

O Méliuz, empresa de tecnologia que conecta marcas e lojas a consumidores por meio de seu marketplace e da oferta de serviços financeiros, acaba de divulgar pesquisa com as intenções de compra para a Black Friday 2021

De acordo com o estudo, 71% dos usuários pretendem realizar alguma compra na data. Ao contrário do que mostrou a pesquisa do ano passado – quando a maioria dos entrevistados pretendia aproveitar a data para a compras de itens de necessidade –  neste ano, mais da metade dos respondentes declarou que espera comprar itens de desejo no período, considerado um dos mais relevantes para o varejo brasileiro.

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A intenção de compra para a Black Friday se manteve estável em relação ao ano passado. Além da maioria (71%) ter a intenção de comprar na data, o comércio tem motivos para acreditar que o percentual ainda pode aumentar, já que 25% dos entrevistados responderam que ainda não se decidiram se vão às compras.

Destes, a maior parte (56%) se mostrou indecisa por não ter certeza se as ofertas vão, de fato, valer a pena. A situação financeira foi o segundo motivo, apontada como impeditivo para 28,1% destas pessoas, 10,3% afirmaram que nunca compraram na data e 2,7% não se decidiram porque já tiveram alguma experiência ruim com a Black Friday. 

Apenas 2,9% dos entrevistados alegam que não pretendem ir às compras. Neste caso, a situação financeira é o motivo da maioria, com 31,9% das respostas. Além disso, boa parte não pretende comprar por ter desconfiança em relação à data: 15,8% destes têm medo de cair em fraudes, mesmo percentual dos que não acreditam nas promoções e dos que acham que as condições oferecidas não valem a pena. 

Desses consumidores, 10,5% tiveram experiências ruins em alguma outra edição e decidiram não comprar mais, enquanto 5,3% receiam encontrar lojas cheias, mesmo percentual dos que temem não ter a assistência necessária após a compra. 

Entre os entrevistados, 60,9%  já compraram em alguma outra edição, o que reforça a ideia de que a data se consolidou como uma das principais oportunidades para o varejo e também para os consumidores. 

Os sonhos estão de volta

Este ano, os “sonhos de consumo” voltam a encabeçar as intenções de compras dos brasileiros na Black Friday: 63,9% dos entrevistados pretendem aproveitar as condições para adquirir itens de desejo, ao contrário do ano passado, quando a tendência era aproveitar as ofertas para adquirir itens de necessidade.  

Já 29,9% pretendem adquirir itens para substituir outros que sejam antigos ou por outros modelos. 

É o caso do artista plástico Rafael Fernandes Alves, 33 anos, de Belo Horizonte, que costuma aproveitar a Black Friday para adquirir produtos de necessidade, mas, este ano, tem outros planos.

“Costumo aproveitar a época para substituir algum item eletrônico ou de casa que esteja defasado ou estragado. No ano passado, aproveitei as promoções para comprar itens que uso no meu dia a dia de trabalho como lápis, papéis e tintas. Mas este ano já estou de olho nas condições porque quero muito comprar um aspirador robô.”, conta Rafael. 

As promoções também motivam aqueles que pretendem presentear: 17,3% vão aproveitar a data e antecipar as compras de Natal e 6,3% vão comprar presentes para outras datas comemorativas. 

Para a supervisora de operações Tayana Seifert, de 27 anos, moradora de Campo Bom, no Rio Grande do Sul, a Black Friday deste ano vai ser especial. 

Ela acabou de se mudar para uma casa nova, e, adepta do e-commerce, está atenta para aproveitar as melhores condições. “Meu objetivo é comprar principalmente um sofá e um forno. Mas quem sabe, se as promoções forem muito  boas, eu não compro também uma máquina de lavar?”, sonha. 

Segundo a pesquisa, as aspirações de Tayana vão de encontro com as da maioria. Eletrodomésticos e eletroportáteis lideram a lista de produtos mais desejados pelos respondentes sendo citados por 49,6% dos entrevistados. 

Acessórios e calçados vêm em seguida, com 31,7% das intenções de compra. Eletrônicos e informática, com 31,7%. Móveis e Decoração, com 26,4% e Smarthphones, com 24,4% fecham o top 5. 

Todas as forma de economizar

A palavra de ordem é economia. O melhor preço lidera, com 60,7%, como fator decisivo na hora de escolher onde comprar, seguido de incentivos como cashback e cupons de desconto, com 13,4%.

Já o frete grátis é a motivação para 12,6%. A reputação da loja/marca é decisiva para 6,5% dos consumidores e 5,7% responderam que facilidade de pagamento, como crédito e juros baixos, serão o principal fator.

Tradicionalmente, a Black Friday acontece em novembro, na sexta-feira pós-feriado de Ações de Graças nos Estados Unidos, e as promoções já se iniciam nas primeiras horas da madrugada. 

Mas a pesquisa revela ainda que, mais do que um único dia de grandes oportunidades, os usuários estão atentos às ofertas ao longo de toda a semana.

O estudo mostra que 27,9% dos entrevistados acreditam que farão compras ao longo de toda a semana. Apesar de ter perdido força em relação ao ano anterior,  a tradicional madrugada de quinta para sexta deve ser a opção de 23,6% dos entrevistados, número muito abaixo dos 41,8% do ano passado. 

A manhã de sexta-feira aparece como opção para 15,7% das pessoas, seguida pela noite de sexta-feira, com 7,7%, e a tarde do mesmo dia, com  4,5%. 

As semanas que antecedem a data foram apontadas como opção para 4,1% das pessoas. 16,5% não sabem dizer em que momento deverão fazer as compras.

Por isso, em muitas lojas, as campanhas da Black Friday já não se restringem apenas à sexta-feira. Segundo Natan Amboni de Souza, analista de Marketing Digital e responsável pelo canal da afiliados da Posthaus, portal de moda com mais de 60 mil itens nacionais e importados, ao longo dos anos, a procura por ofertas e preço baixo acontece durante todo o mês de novembro. 

“Estendemos a ação por um período maior, proporcionando uma melhor experiência e mais oportunidades de compra para o cliente.” analisa Natan. 

Investimento e crédito

A maior parte das pessoas, 24,5%, diz estar disposta a gastar entre R$ 1000 e R$ 2999  e 21% pretendem despender entre R$ 500 e R$ 999 para as compras na Black Friday. Apenas 2,5% esperam gastar até R$99 em suas compras e 17,1% não estipulam orçamento para a data.

O cartão de crédito deverá ser a forma de pagamento mais utilizada pelos respondentes. 74% dos entrevistados pretendem usá-lo para parcelar as compras, enquanto 27,3% alegam que vão usar o cartão, mas para pagar à vista. 

Entre os que não vão recorrer às compras a prazo, o PIX já se mostra a opção favorita e deve ser usado por 11,5% dos entrevistados, contra 10,4% que vão optar pelo boleto bancário. 

Cada vez mais on-line

Mais uma vez, o e-commerce aparece em destaque na pesquisa. 56,7% dos consumidores responderam que pretendem realizar apenas compras online na Black Friday. Já 28,2% dos entrevistados vão optar tanto por comprar pela internet quanto em lojas físicas.  

Apesar do avanço da  vacinação contra o Covid-19 e da expectativa de que as medidas de restrição estejam mais leves em novembro deste ano, o número de consumidores que declararam que vão comprar apenas em lojas físicas caiu em relação ao no ano passado: são 8,9% dos entrevistados este ano, contra 11,06% em 2020.