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Cruzeiros marítimos não voltarão este ano nos Estados Unidos

A indústria de cruzeiros nos Estados Unidos responde por um impacto anual de US$ 53 bilhões e cada dia sem operação representa a perda de mil empregos.

Quem estava sonhando com um cruzeiro pelo Caribe ainda em 2020 ou com o Réveillon saindo de Miami ou Port Canaveral rumo às águas cristalinas caribenhas… deve refazer seus planos, mirando datas em 2021. 

Depois que o governo americano decidiu suspender a proibição de navegação, mas listou uma série de exigências, incluindo uma certificação precedida de um cruzeiro teste, para o retorno, as empresas marítimas associadas à Clia (Cruise Lines International Association) decidiram suspender voluntariamente suas operações até 31 de dezembro de 2020.

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Segundo a entidade, as companhias marítimas irão aproveitar o restante do ano para se prepararem para a implementação de medidas extensas para a operação com segurança em relação ao Covid-19, com a orientação de especialistas externos em saúde e o US Centers for Disease Control and Prevention (CDC).

“À-medida que continuamos a planejar para um retorno gradual e altamente controlado das operações de cruzeiros nos Estados Unidos, os membros da Clia estão comprometidos em implementar rígidas medidas para a segurança em relação ao Covid-19, incluindo 100% de testagem de passageiros e tripulantes, expansão da estrutura médica a bordo, cruzeiros testes, entre outros.”, escreveu a associação em comunicado divulgado na terça-feira, 3 de novembro.

A Clia enfatizou que comunga dos objetivos (de segurança e saúde) do CDC e que, enquanto operacionaliza um caminho para seguir adiante, os membros da entidade decidiram estender a suspensão de operações até 31 de dezembro deste ano.

“Essa ação proporcionará tempo adicional para uma preparação extensa dos protocolos de saúde e demanda do CDC para a navegação condicional e para o início da fase de testagem de covid-19 nos tripulantes.”, continua o comunicado.

A associação também reconhece o impacto devastador da pandemia sobre os 421 mil trabalhadores americanos que dependem diretamente da operação dos cruzeiros.

“Vamos trabalhar com urgência para avançar em um retorno responsável dos cruzeiros (nos Estados Unidos), mantendo o foco em medidas efetivas e baseadas na ciência para proteger a saúde pública.”

A indústria de cruzeiros nos Estados Unidos responde por um impacto anual de US$ 53 bilhões e cada dia sem operação representa a perda de mil empregos. 

De março até agora a indústria já perdeu US$ 25 bilhões e 164 mil empregos somente nos Estados Unidos, o maior mercado de cruzeiros do mundo.

Os protocolos desenvolvidos pelas associadas à Clia em conjunto com autoridades de todo o mundo já resultaram na volta dos cruzeiros na Europa e em outras partes do planeta.