Anúncio da Volkswagen com casal gay recebe ataques homofóbicos

Um post nas redes sociais da Volkswagen sobre o Polo, com a foto  de um casal gay, tem recebido ataques homofóbicos. Vários perfis compartilharam a publicação fazendo ataques aos participantes da ação publicitária e à marca. 

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O Facebook da empresa recebeu mais de 21 mil comentários, com diversos ataques à propaganda e aos modelos, que são um casal na vida real.

A ação publicitária foi divulgada, primeiro, no dia 6 de maio, com a legenda: “sabe o que evoluiu junto com você? O Polo. O que já era bom ficou ainda melhor, com muito mais segurança e tecnologia. Você acessa seu veículo sem o uso de chaves, aproveita a transmissão automática de 6 velocidades e se conecta com tudo pelo VW Play”. 

Uma foto com dois homens se abraçando bastou para que grupos começassem a fazer uma campanha contra o carro e a marca. 

Os ataques fizeram a palavra “Polo” se tornar um dos assuntos mais comentados no Twitter nos últimos dias, com montagens depreciativas.

Os ataques homofóbicos são similares, ao tentar criticar o carro por demonstrar empatia com a comunidade LGBTQIA +, e pedindo um “marketing mais imparcial”. A Volkswagen, que se posicionou por meio de nota. “A diferença enriquece, o respeito une. A Volkswagen do Brasil celebra a diversidade sexual e de identidade de gênero. Promover a Diversidade & Inclusão é um dos pilares estratégicos da marca. A premissa da marca é garantir um comportamento respeitoso e inclusivo, dentro e fora da empresa, com parceiros diretos ou indiretos de negócio. A Volkswagen lançou a cartilha de Diversidade & Inclusão para toda sua cadeia de fornecedores e rede de concessionárias no Brasil e, continuamente, desenvolve debates com seus funcionários, em todas as esferas hierárquicas”.

“Acreditamos que cada pessoa, de diferentes raças, etnias, gênero, orientação sexual e idade/geração, tem experiências únicas, que somadas contribuem para fortalecer não somente a cultura da empresa, mas também o ambiente em que vivemos. Temos como responsabilidade continuar aprendendo de que forma podemos contribuir para a luta contra qualquer forma de preconceito, pois consideramos fundamental conciliar as diferenças para a construção de uma sociedade justa para todos. No que tange a interação com os usuários, comentários ofensivos e desrespeitosos, são devidamente apagados de nossas páginas”, completou a fabricante alemã.

É bom lembrar que, em 2019, o Supremo Tribunal Federal (STF) estabeleceu que declarações homofóbicas e transfóbicas podem ser enquadradas no crime de racismo, cuja pena é de um a três anos, mas podem chegar a cinco em casos mais graves.