Experiência de Marca

Caixa é patrocinadora da Confederação Brasileira de Ginástica

Acordo envolve o aporte a todas as modalidades abraçadas pela CBG e terá a cobertura de duas edições de Jogos Olímpicos

A Caixa Econômica Federal anunciou um novo contrato de patrocínio à Confederação Brasileira de Ginástica (CBG). 

O contrato antigo venceu em 31 de dezembro e o novo vai envolver a marca Loterias Caixa, pelo valor de R$ 30 milhões, por quatro anos, até maio de 2025, incluindo, portanto, os Jogos Olímpicos de Paris, em 2024, e os de Tóquio, em julho. 

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Esse é o primeiro contrato de patrocínio ao esporte olímpico assinado em mais de 28 meses de governo Jair Bolsonaro (sem partido).

Em-momento único na história recente do esporte brasileiro, o Brasil passou o fim de semana passado sem nenhum patrocínio de estatal às confederações, uma vez que o contrato entre o Banco do Brasil e o vôlei venceu no fim de abril. 

Os últimos contratos da Caixa terminaram no dia 31 de dezembro do ano passado e nenhum havia sido renovado até hoje. Os antigos acordos dos Correios com desportos aquáticos, tênis e rúgbi, foram descontinuados ainda em 2019.

O primeiro deles a ser retomado é o da ginástica. Durante a apresentação, o presidente do banco, Pedro Guimarães, e o secretário especial do Esporte, Marcelo Magalhães, bateram na tecla de que a Caixa é o “banco da matemática”. 

“Matematicamente, a ginástica foi com quem mais conseguimos atingir esse equilíbrio.”, explicou Guimarães. 

Durante as negociações com as confederações, a Caixa mudou a forma de calcular a precificação de patrocínios e a ginástica conseguiu atingir um balanço entre entrega e valores que agradasse às duas partes. 

De acordo com a Caixa, serão R$ 30 milhões por quatro anos, um aumento na comparação com os R$ 20 milhões dos últimos quatro anos (R$ 23,7 milhões corrigidos). No ciclo olímpico para o Rio, porém, foram pagos R$ 35 milhões em valores nominais da época.

A expectativa é que, nas próximas semanas, sejam assinados novos contratos com a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAT) e com o Comitê Paraolímpico do Brasil (CPB). 

Os novos contratos da ginástica e do atletismo passam a ser pagos com recursos do Fundo para Desenvolvimento das Loterias, um montante reservado da venda de bilhetes lotéricos e que é destinado à promoção e publicidade das Loterias. 

Antes o dinheiro saia da verba de publicidade do banco Caixa Econômica Federal.

Na live de anúncio do contrato da Caixa com a CBG, o secretário especial do Esporte, Marcelo Magalhães, anunciou também o apoio do governo federal à realização de três etapas de Copa do Mundo no ano que vem, sem detalhar as disciplinas da ginástica, e a climatização do ginásio onde a seleção de ginástica rítmica treina diariamente, em Aracaju (SE), cidade da presidente Maria Luciene Resende.

A secretaria, porém, vem afirmando que não vai renovar a certificação da CBG, por causa da reeleição de Luciene para terceiro mandato, o que fere, no entender da pasta, a Lei Pelé. 

Assim, se o governo cumprir o que promete, a confederação ficará impedida de receber dinheiro público, o que impediria o governo de cumprir o que prometeu hoje.

 

Foto: Reprodução.