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Viagens corporativas crescem 290% em comparação a 2021 e mercado fatura R$ 7,8 bilhões em março

Valor ainda é 9,7% menor se comparado a março de 2019, antes da pandemia

De acordo com dados do Levantamento de Viagens Corporativas (LVC), criado pela FecomercioSP em parceria com a Associação Latino Americana de Gestão de Eventos e Viagens Corporativas (Alagev), referente ao mês de março, o faturamento das atividades relacionadas às viagens corporativas foi de R$ 7,8 bilhões, alta de 290% na comparação com o mesmo período do ano passado, ou seja, quase quatro vezes o total do faturamento de março de 2021, que atingiu R$ 2 bilhões.

O LVC aponta que a base de comparação ainda está fragilizada, pois o setor de viagens corporativas, sobretudo relacionadas a eventos, sofreu a manutenção das restrições durante a segunda onda da pandemia do coronavírus. Por isso, é importante também realizar a comparação com o mesmo período pré-pandemia, ou seja, março de 2019. O atual patamar ainda está 9,7% abaixo, o que, embora negativo, é um bom resultado relativo, dadas as circunstâncias dos últimos dois anos.

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As festas de Carnaval, a retirada da obrigação do uso de máscaras nas grandes regiões do Brasil e a diminuição dos casos da variante Ômicron, além da demanda reprimida do período de pandemia, impulsionaram de maneira mais significativa as viagens corporativas em março. Muitos eventos, reuniões e viagens haviam sido reprogramados para acontecer a partir de março, esperando a volta à normalidade, e ela aconteceu de fato.

“O indicador apresenta um crescimento positivo para o nosso mercado. Porém, a inflação e os impactos nos custos das empresas continuam sendo uma variável preocupante que pode limitar o crescimento do setor para os próximos meses”, comenta Giovana Jannuzzelli, diretora executiva da Alagev.

O levantamento também apresenta que muitas das empresas fecham o seu orçamento para viagens e eventos no ano anterior. No entanto, não existia a expectativa de aumento de custos tão expressivos, principalmente no caso das passagens aéreas. Desta forma, haverá um esforço ainda mais intenso dos gestores das empresas a fim de adequar as necessidades ao orçamento previsto, para que não se restrinja qualquer tipo de ação para o segundo semestre.

“Gestores de viagens corporativas se veem ainda mais desafiados a equacionar orçamentos e planos de viagens, com clara tendência a racionalizar as despesas. Além disso, fornecedores, especialmente de transporte e hospedagem, serão mais pressionados para preservar o volume de clientes e serviços vendidos”, comenta Mariana Aldrigui, presidente do Conselho de Turismo da FecomercioSP

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