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Americanas e FAS em prol do empreendedorismo feminino na Amazônia

Reunindo moradoras de comunidades ribeirinhas e indígenas na Amazônia, projeto provocou importantes reflexões sobre os direitos da mulher e questões de equidade de gênero.


No Dia do Empreendedorismo Feminino, comemorado nesta quinta (19/11), a Americanas e Fundação Amazonas Sustentável (FAS) – parceiras, desde 2018, para a conservação e promoção do desenvolvimento sustentável da floresta amazônica – celebram os resultados do curso de Empoderamento Feminino, ministrado no fim de outubro, para mulheres moradoras da Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Negro. 

Com o objetivo de promover o estímulo ao empreendedorismo e criar uma rede de cooperação entre as habitantes locais, as aulas do curso fomentaram importantes discussões sobre como visões rígidas e tradicionais do papel do homem e da mulher na sociedade podem afetar diretamente as escolhas, a saúde e a sexualidade das mulheres. 

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As aulas foram desenvolvidas em linha com as noções de igualdade de gênero, tema do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 5 da Agenda 2030, da ONU. 

“Casei cedo para sair de perto do marido da minha mãe que me maltratava, mas fui maltratada pelo meu marido também e resolvi deixar ele e comecei a trabalhar na roça, como criei meus filhos. Não é uma vida fácil, mas pra mim não tem trabalho ruim e faço o que precisa ser feito pra viver. Comecei o artesanato pra distrair a cabeça, e, às vezes, vendia umas peças, mas não dava tanto valor. Com o curso descobri que sempre fui empoderada, sempre lutei por mim e por meus filhos e sou uma mulher forte! Agora, me vejo além da roça, como artesã e empreendedora, fazendo minhas bolsas. Eu sei que posso ir longe.”, conta Rosinete Nonata da Silva, de 46 anos. Moradora da comunidade de Saracá, Rosinete foi uma das participantes do curso de Empoderamento, em outubro.

Empoderamento x pandemia 

Segundo Valcléia Solidade, superintendente de Desenvolvimento Sustentável da FAS, o momento de pandemia trouxe o isolamento social, incertezas e inseguranças, sobretudo para as mulheres que têm que viver em uma nova realidade nas suas comunidades mais afastadas da Amazônia. 

“O desafio é maior ainda para aquelas que precisam sustentar suas famílias no cenário de perda de renda. O curso, promovido pela FAS e Americanas, tinha a função de solidarizar-se e fortalecer as mulheres para superar este momento difícil na vida comunitária.”, afirma. 

“Quando falamos em empoderamento feminino em comunidades tradicionais, não estamos falando somente de dar espaço para mulheres, mas de encorajá-las desde meninas a serem o que quiserem, empoderando-as a ter autoestima e repassar esse suporte a outras mulheres.”, explica Natália Ribeiro, líder do curso.

“Aqui trazemos temas relevantes e atuais, como a conceituação do que é empoderamento, os tipos de poder, a identidade da mulher ribeirinha, e, ainda, a diferenciação dos tipos de violências sofridos pela mulher: física, sexual e psicológica.”, acrescenta. 

Parceria perene 

A primeira turma de mulheres foi formada por um grupo de artesãs do Jirau da Amazônia, marketplace social da Americanas que tem como objetivo estimular o desenvolvimento da região e a geração de renda das populações que vivem do artesanato – o que tem contribuído para atenuar os danos causados pela pandemia na região. 

A Americanas também atua na Amazônia com diversos outros projetos em parceria com a FAS, divididos em quatro frentes de atuação: Melhoria na alfabetização; capacitação para o empreendedorismo; gestão de resíduos e educação ambiental; e conectividade e inclusão digital, com a implantação de laboratórios de informática utilizados, no momento, para a telessaúde. 

Reforçando seu compromisso com o desenvolvimento sustentável e a prevenção o Covid-19 na região, o Universo Americanas também doou 300 mil máscaras, 11 toneladas de álcool em gel e mil oxímetros para mais de 19 mil famílias ribeirinhas e indígenas.