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Voz para todos: A luta contra o etarismo na sociedade

Enfrentar a discriminação etária exige uma nova compreensão do envelhecimento por todas as gerações sobre essa fase da vida.


 

Etarismo é o ato de discriminação às idades, sendo um tipo de preconceito que pode assumir muitas formas, desde atitudes individuais até políticas e práticas organizacionais que perpetuam a discriminação etária. 

O termo etarismo (ageism) foi utilizado pela primeira vez pelo gerontologista Robert N. Butler, nos Estados Unidos, para descrever a discriminação contra adultos mais velhos. 

No entanto, o conceito evoluiu para ser frequentemente aplicado a qualquer tipo de discriminação com base na idade, envolvendo preconceito contra crianças, adolescentes, adultos ou idosos. 

A sociedade atual ainda encara o envelhecimento como uma dificuldade, com a visão de que haverá maior despesa com plano de saúde, remédios e o governo brasileiro alega que o sistema previdenciário não será sustentável ao longo dos próximos anos. 

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Brasil 13% da população tem mais de 60 anos, sendo que a partir de 2031 haverá mais idosos do que crianças e adolescentes, e, em 2042, essa faixa etária alcançará o número de 57 milhões de brasileiros. 

Enfrentar a discriminação etária exige uma nova compreensão do envelhecimento por todas as gerações sobre essa fase da vida. Precisamos eliminar os conceitos desatualizados de pessoas mais velhas como fardos e reconhecer a diversidade da experiência da velhice e as desigualdades do preconceito etário. 

As pessoas com mais idade continuam sendo produtivas. Atualmente, as empresas estão abrindo vagas exclusivas para mais de 50 anos, a experiência acumulada pode agregar muito para a organização, como mostra no filme ‘Um Senhor Estagiário’, com Robert De Niro e Anne Hathaway. 

Neste ano, o programa The Voice iniciou uma temporada exclusiva para mais de 60 anos. Vemos que, felizmente, há uma movimentação da sociedade para abrir espaços para esse grupo etário. 

No dia a dia do trabalho, dentro da agência em que atuo, está no DNA defender a pluralidade, diversidade e inclusão e alinhar com os propósitos dos clientes. É um olhar de igualdade para todas as pessoas, não importa a idade, origem ou etnia. 

Para combater o etarismo é necessário se policiar, assim como todas as formas de preconceito. Ter o olhar empático e compreender cada um, independente da idade todos são capazes de aprender, produzir e evoluir. 

Lembre-se que você também será um idoso no futuro, o respeito deve prevalecer sempre.

 

Foto: Reprodução.