Experiência de Marca

O Live Marketing é isso...

Neste artigo Tony Coelho analisa a visão do mercado sobre a denominação que está mudando o posicionamento das agências e profissionais que fazem ações ao vivo em tempo real envolvendo os meios digitais. Confira!

Dois Congressos depois, um em 2013 e outro em 2015. Aceitação significativa das Agências do mercado, absorção do meio acadêmico, através do Live Marketing nas Universidades e cursos com esse nome surgindo em todo Brasil, e o próprio cliente já se acostumando a nos chamar, e entender o porquê, do Live, podemos dizer: O Live Marketing é um sucesso de aceitação.

Claro, há quem pense o contrário. Uns por convicção acadêmica ou por purismo ideológico, outros por interesses próprios mesmo, outros ainda por não quererem apagar a ideia de que a Publicidade é que é tudo na Comunicação.

Live Marketing é mais que um nome bobo, criado para gerar modismo, criar buzz, ou para se ter mais um nome em inglês e ser cool. Nomes e expressões novas em inglês agradam sobremaneira quem faz MBA, quer mostrar que é antenado ou acha que a nossa Língua não se explica. Não é o caso do Live Marketing.

Marketing, todo mundo sabe o que é e Live é autoexplicativo, daí o Marketing Vivo.

Portanto, Live Marketing existe e tem significância. Oriundo do Entretainement Marketing, na Europa, e sinônimo do Marketing de Experiência por aqui, ele surgiu num momento em que nenhum termo ou atividade de Comunicação se adequava às necessidades de consumidores e shoppers, senhores do processo comunicativo.

Mais. Num momento em que o digital agilizava relações a tal ponto que a divisão entre on e off line nada mais significavam: o mundo é all line. A comunicação precisava de uma atividade que casasse com essa realidade.

Nessa perspectiva viva, de um mundo real, ativo, “inter ativo” (separei de propósito), não se justificava mais a comunicação passiva, sem sintonia direta com o consumidor, que não lhe dava voz, palavra, no real time. Era preciso estar a sua frente, a sua disposição, no mundo real ou nas mídias sociais, deixando-o, através dos sentidos, viver experiências únicas de marca, produto e serviço.

E quem já fazia isso? 

Nós, do antigo, importante, mas de definição incompleta para o que fazemos, especialmente na percepção do cliente, Marketing Promocional.

Incompleto sim, porque o cliente nos entendia, desde sempre, como o Below, o BTL, o executor de eventos e ações promocionais e, portanto, o que sempre queriam de nós era o menor preço para executar “as coisas”.

Bem verdade que algumas bravas agências, também desde sempre, se impunham como estratégicas e chegavam para os clientes com projetos onde o planejamento se destacava e a inteligência delineava os caminhos da ação, evento ou campanha, algumas tornando-se cases de marcas.

Mas ser Marketing Promocional nos colocava quase sempre nas concorrências de eventos, onde o menor preço era o mais importante, porque, vamos combinar, executar um evento ou ação que o cliente dizia como devia ser feito, qualquer um podia fazer.

Precisávamos mostrar, no mundo das 12 telas, das marcas que estão presentes na vida diária, das estratégias digitais, do merchandising, das ativações, do trade e do PDV, do brand e do design, onde o incentivo faz diferença e o número de possibilidades de eventos e promoções potencializou-se, de que tudo isso, todas essas ferramentas de comunicação, estão no escopo do que fazemos. De um jeito ou de outro. 

E como mostrar isso se o nosso nome apontava para algo autorreferente? Como apagar um rótulo, mantendo o rótulo?

Pois bem, Live Marketing, o Marketing vivo, da interlocução entre marcas e pessoas, o marketing que explora os sentidos, a sinestésica vida, e provoca, mais que ninguém, experiências únicas na relação. O branding vivo, ao vivo e em cores, foi a solução bem-vinda.

Ora, um nome que nos explicava e ampliava, por tudo que coloco aqui, e que apresentava uma atividade que tem planejamento e criação e desenvolve projetos complexos, encantadores e eficazes, que colaboram ativamente com a estratégia das marcas. E que entrega isso pronto, de maneira correta e bem feita, sem chance de erro. É isso que fazemos.

Bingo! Somos estratégicos. Sempre fomos. Mas quem pedia isso?

Em suma, o Live Marketing é um nome estratégico para uma atividade estratégica e que nos engajou, no momento exato, no contexto da comunicação moderna e integrada.

Que louco poderia pensar que nada significamos?

Se não significamos nada, por que as antigas agências de publicidade querem informar ao cliente que fazem o que fazemos, inclusive admitindo que são o que na verdade sempre foram: Agências de Comunicação?

Num mundo que muda o tempo todo é fundamental pensar, compartilhar e ter relevância para vender. Taí, essa palavras podem nos definir. Somos estratégicos porque pensamos, compartilhamos experiências e produzimos vendas. Simples assim.

E o melhor, há uma convicção que tantos, e brilhantes, profissionais fundadores e diretores de grandes agências de São Paulo, Rio, Nordeste, Centro Oeste e Sul (é isso, estamos em todo Brasil) começam a entender, ainda sob o efeito das frases que precisam ser ditas em inglês para explicar algo: Hoje, quem não é Live, é dead.

É isso. O Live Marketing é isso. Se explica. Pra quem quiser explicação, claro. Quem não quiser…