Carlos Roberto Zanini*
As cidades de porte médio vêm conquistando visibilidade social, cultural e econômica, como é o caso de Juiz de Fora. Considerada pelos dados do Censo 2010 a 4° cidade de Minas Gerais, o município, demonstrou um crescimento populacional lento, o que é positivo no sentido de permitir aos órgãos públicos maior controle e dedicação à população.
Essa informação desperta a atenção para outros fatores que a cidade apresenta como propulsores de desenvolvimento: estamos localizados entre os três maiores centros urbanos, temos uma excelente qualidade de vida com um baixo custo comparada as demais cidades do mesmo porte, fato que facilita a captação e geração de novos empreendimentos.
Na área educacional contamos uma das melhores universidades federais do País, dentre outras instituições de renome nacional. A infraestrutura de serviços da cidade é completa e bem distribuída. Somados esses fatores formamos o que especialistas chamam de tripé básico para o desenvolvimento. Ou seja, uma cidade boa para morar, para visitar e para se investir.
Em uma pesquisa divulgada pelo International Congress and Convention Association (Icca) o Brasil ocupa a sétima posição no ranking dos dez países que mais recebem eventos no mundo, fortalecendo-se nos próximos anos pelo recebimento da Copa Mundial e das Olimpíadas. Para que Juiz de Fora possa ganhar com estes grandes eventos precisamos ter um posicionamento concreto no mercado, este é o momento certo para que os empresários locais fiquem atentos as novas possibilidades de investimento e negociação.
Estabelecer parcerias, estimular novas formas de conhecimento e buscar o networking, são ações que geram um resultado positivo para todos. É nosso o dever de, neste momento, procurar capacitação e desenvolver em Juiz de Fora soluções que inovem o mercado.
Ainda estamos muito atrás dos grandes centros, onde a concentração de eventos é bem mais elevada devido à fatores socioeconômicos. No entanto, podemos dizer o contrário quando falamos em “expertise”, temos instituições e profissionais reconhecidos internacionalmente, que prestam serviços para grandes empresas e participam de projetos importantes no setor.
Portanto valorizar os profissionais locais e procurar capacitação é um bom início para tornar Juiz de Fora um pólo de eventos. Precisa-se aprender que algumas vezes não é preciso sair do lugar para se chegar onde se quer, basta saber aproveitar as oportunidades que estão ao seu lado.