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Infraero decide se ampliará pista de aeroporto

A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária e a Secretaria de Aviação Civil (SAC) se reunirão até o final de julho para avaliar o custo-benefício da continuidade da obra de ampliação do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre.

A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária e a Secretaria de Aviação Civil (SAC) se reunirão até o final de julho para avaliar o custo-benefício da continuidade da obra de ampliação do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre.

Um dos principais problemas encontrados foi a situação do terreno onde a pista está sendo ampliada, já que o solo é alagadiço. Pelo menos R$ 100 milhões já foram investidos na obra. A decisão deve ser tomada até o final do ano.

Segundo o diretor de Desenvolvimento Operacional da Infraero, Geraldo Moreira Neves, como ainda não há licitação, o processo precisará começar do zero, mesmo com os investimentos já feitos. Uma das saídas pensadas é a construção de um novo aeroporto.

Foto: Divulgação.

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“Ainda não há definição sobre a viabilidade ou não da obra de ampliação da pista. Todavia, é importante destacar que todas as características do empreendimento estão sendo consideradas nessa avaliação”, afirma Neves. Caso a obra de ampliação seja finalizada, a pista do Salgado Filho passará dos atuais 2.280 metros para 3,2 mil metros a fim de receber aviões maiores.

Outro problema que o Salgado Filho enfrenta é a ampliação do terminal de passageiros. A obra, que já teve diversos atrasos e investimentos de R$ 9,65 milhões, pode atrasar ainda mais devido à necessidade de uma nova licitação. Isso porque a Infraero estuda a possibilidade de rescindir o contrato com a empreiteira Espaço Aberto, que realiza a reforma.

A empresa já foi multada em R$ 161.750,24 em fevereiro, devido aos atrasos no cronograma de obras. A avaliação da Infraero poderá apontar para a construção de um novo aeroporto.

“No momento, a Infraero avalia a hipótese de instaurar processo administrativo visando à rescisão do contrato. Nesse caso, todo trabalho feito está sendo avaliado e à contratada será assegurado o direito de contraditório e ampla defesa”, afirmou Neves.

Segundo ele, apesar do atraso, a demanda atual de passageiros é atendida pelo aeroporto. “A obra de reforma e ampliação do terminal de passageiros tem como objetivo ampliar a capacidade do terminal para atender a demanda futura. Hoje, o Salgado Filho tem capacidade para atender 15,3 milhões de passageiros, sendo que em 2013 foram registrados 7,9 milhões de embarques e desembarques”, afirmou Neves.

Caso a rescisão seja feita, o segundo colocado na licitação será chamado. Entretanto, a empresa terá de cobrar o mesmo preço oferecido pela Espaço Aberto quando saiu vencedora da licitação inicial. Caso as outras empresas não aceitem esse preço, uma nova licitação deverá ser aberta, o que traria uma atraso de pelo menos mais três meses na conclusão do terminal.

Segundo a empresa, a reforma está em dia e não há motivo para a rescisão por atraso. O responsável pela obra, José Bonatto, admite, porém, que eles tiveram problemas em razão da chuva. “Não é do nosso interesse a rescisão do contrato com a Infraero, e estamos com os prazos em dia. Mais funcionário foram colocados no trabalho”, afirmou.

Bonatto também garantiu que não houve até o momento o pedido de elevação nos valores iniciais apresentados para a ampliação do terminal.