A vice-presidente de Recursos Humanos, Alessandra Ginante, contou que para reverter essa situação, foi preciso buscar uma solução de forma coletiva.
Portanto, levar a questão aos 1800 colaboradores do centro de distribuição e expor a eles a real situação da empresa.
“Deixamos claro para os funcionários que nossa intenção era preservar os empregos e nos abrimos para construir soluções em conjunto.”, contou Alessandra.
A solução encontrada pela empresa consistiu em cortar o trabalho aos sábados, aumentando em 4 horas a jornada de segunda a sexta.
Ao tomar essa decisão, a Avon cortou custos de áreas que também funcionavam no fim de semana como, transporte fretado, funcionamento do refeitório, gastos com segurança patrimonial, ambulatório médico, entre outros. Para que isso fosse possível, 30 processos dentro da fábrica foram readequados para garantir a produtividade em menos dias de funcionamento.
Além de sete novas frentes de trabalhos que contavam com 50 funcionários diretamente envolvidos, que se reuniam semanalmente. A contrapartida, para os colaboradores, foi a folga aos sábados e adesão de cestas básicas, pedido já recorrente entre os funcionários.
Por fim, o que tinha como objetivo proteger os empregos e manter a produtividade na empresa, acabou gerando melhores resultados. A Avon, que contou com a disposição e ajuda de todos os colaboradores, conseguiu oferecer melhor qualidade de vida e o aumento em 10,33% do salário dos envolvidos.
Para a companhia, todas essas mudanças se reverteram em um aumento de 10% na produtividade após a reforma no estilo de trabalho. “A ameaça da crise era real, com pressão mais forte no centro de distribuição, que produz para a entrega imediata de pedidos às revendedoras. Mas conseguimos manter os empregos, demos folga aos sábados, não cortamos nenhum benefício e ainda acrescentamos a cesta básica”, completa Alessandra.
A partir dessa ideia, a Avon está se preparando para aplicar esse novo modelo em seus outros dois centros de distribuição localizados na Bahia e no Ceará.
