Experiência de Marca

Muito além do lucro

Mercado financeiro demonstra senso de responsabilidade inédito e corporações investem recursos em prol da sociedade e meio ambiente para captação de investimentos.

Matéria publicada na edição digital da Revista Promoview. Clique e Acesse

 

Se você ainda não está familiarizado com a sigla que foi muito reconhecida este ano, veja isso.  O conceito ESG (Environmental, Social & Governance) foi criado para medir as práticas ambientais, sociais e de governança das grandes corporações mundiais e que foi amplamente valorizado no julgamento das ações vencedoras do Prêmio Live e foco na matéria A Era do ESG  publicada na Revista Promoview

Isso significa que o cuidado com os impactos das suas atividades, desde a poluição de um pequeno rio até práticas não aderentes aos direitos humanos, tornou-se um ativo importante para as empresas e, consequentemente, marcas, passando a ser fator relevante no momento em que acionistas decidem em qual companhia investir.

 Ou seja, as previsões de Porter e Kramer que, em um artigo da década passada, colocaram a necessidade de criar valor compartilhado para além dos acionistas e clientes/consumidores, incluindo fornecedores, comunidades, colaboradores, meio ambiente, entre outros começam a permear nossa sociedade.

 Vimos isso nesta pandemia, empresas fazendo álcool gel, máscaras e pessoas físicas fazendo doações para as reais necessidades da população.

 A pergunta é se isso continuará na retomada da crise pós-pandemia. 

 Para os sócios da Score Group, Bi Campeã do Prêmio Live (2020-2021), entrevistados para edição digital da Revista Promoview,  a tendência é de consolidação.

 Brito Jr. CEO do grupo que reúne quatro empresas com atividades complementares destaca que o desenvolvimento das práticas está em processo de amadurecimento.

“É preciso muito cuidado para quem quer implementar o ESG, pois não basta criar um produto ou uma linha de produtos mais verdes, sustentáveis ou somente apoiar um projeto social. Estamos falando de gestão, governança, controles e avaliações. Inserir as questões ambientais e sociais no cerne da estratégia dos negócios e em todos os processos”, observa Brito Jr.

Na avaliação dele, quando o mercado financeiro tornar este termo um mainstream, ou seja, um padrão para todas as empresas e negócios, e não somente algumas carteiras e fundos, o desenvolvimento sustentável ganhará ainda mais força.

Percebemos a evolução do nosso sistema econômico e vendo a sociedade e o meio ambiente mostrando que passou da hora de fazermos negócios de um jeito diferente, indo muito além do lucro. Se quando começamos nosso modelo era uma opção, hoje, vemos que é uma questão de sobrevivência (das pessoas, do planeta e dos negócios) buscar uma economia B”, conclui Brito Jr.

Diretoria-da Score Group com os dois megafones de ouro e o titulo de bi-campeã como Agência de Shopper Marketing do Ano

O ESG vem ganhando terreno recentemente, mas, antes dele, o Sistema B Brasil proporcionou grandes avanços para a formação de um ecossistema de impacto. “Fazendo uma retrospectiva, podemos apontar alguns destaques da nossa atuação. E é sensível que houve um aumento significativo na preocupação das empresas em relação a questões de sustentabilidade. Sem dúvida, esse é o maior avanço dos últimos oito anos. É como se a ficha tivesse finalmente caído de que, para continuarmos existindo, é necessário mais do que só gerar lucro”, explica Francine Lemos, Diretora Executiva do Sistema B Brasil.
 

Para ela, a compreensão do papel de cada negócio e sua ressignificação para gerar impacto positivo na sociedade e no planeta é um caminho sem retorno. 

O Sistema B contribuiu com esse cenário ao liderar várias iniciativas com o objetivo de construir um ecossistema que favoreça as empresas que usam a força do mercado para criar soluções para problemas socioambientais. Entre as iniciativas de destaque mais recentes do Sistema B Brasil, estão programas como Net Zero 2030 – uma campanha global do movimento B com mais de 1.300 empresas que assumiram a meta de zerar suas emissões de carbono – e a versão brasileira do Coletivo do Clima – um grupo de empresas ligadas em algum nível ao Movimento B e que trabalham em equipe para tomar medidas contra a emergência climática.

O movimento também atuou na esfera social no avanço de diversas pautas como no debate sobre a diversidade e inclusão dentro das empresas, através do movimento Seja Antirracista – em conjunto com a IDBR e o Capitalismo Consciente Brasil -, com a intenção de ser um espaço de comprometimento público com diretrizes sobre como combater o racismo estrutural e institucional; na diversidade etária, junto com a Labora – que trabalha e incentiva outras organizações a respeito da diversidade geracional; e na parceria do grupo Mulheres B com a ONU Mulheres em 2021 – para lidar com temas que têm relação com gênero e espaço corporativo.

“São oito anos fomentando uma ideia de 
No dia a dia do live marketing o crescimento de iniciativas já é percebido pelos líderes das agências especializadas .

“Acompanho de perto estes processos em nossos clientes porque no final do dia impactam as ações mercadológicas que desenvolvemos para eles. E posso garantir que o ESG já está presente em boa parte dos briefings”, afirma Carol Vanuci, sócia e VP de negócios da Score. 

Na opinião dela, as empresas deve assumir o papel de acelerar a implantação de uma Nova Economia, cujo maior resultado de sucesso seria provocar impactos positivos que gerem valor para a sociedade e o meio ambiente de modo sustentável. E exatamente isso que o Sistema B Brasil buscou recentemente.