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Williams vive drama na F1 com saída de patrocinador master

Equipe inglesa tem tido receitas consideradas baixas e cogita até uma venda total.

A Williams confirmou o rompimento da parceria com a patrocinadora master e dona dos naming rights da equipe, a startup de telecomunicações Rokit Phones

O relacionamento teve início em fevereiro de 2019, foi renovado apenas cinco meses depois até o final de 2023, mas acaba de ser encerrado três anos e meio antes de forma unilateral por parte da empresa. A justificativa é a crise gerada pela pandemia do Coronavírus.

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A saída Rokit cria um verdadeiro drama para a escuderia inglesa, que fica ainda mais evidenciado quando os resultados financeiros de 2019, divulgados no dia 29 de maio, são analisados. 

No-ano passado, a Williams teve um prejuízo de £ 13 milhões. Para se ter uma ideia, em 2018, a escuderia havia alcançado um lucro de £ 12,9 milhões. Em termos de receita, houve uma queda de £ 176,5 milhões em 2018 para £ 160,2 milhões em 2019.

“Os resultados financeiros de 2019 refletem o recente declínio na competitividade da operação da F1 e a consequente redução na receita de direitos comerciais. Após quatro anos de um desempenho muito sólido no campeonato de construtores da FIA F1, durante o qual conquistamos dois terceiros e dois quintos lugares, passamos por duas temporadas muito difíceis.”, declarou Mike O’Driscoll, CEO da Williams Racing.

O péssimo desempenho nas pistas pode ser comprovado pelas tabelas de classificação nos dois últimos anos. Na temporada 2018, foram apenas 7 pontos em 21 provas e a última colocação completamente isolada no Mundial de Construtores. 

Na temporada 2019, mesmo contando com o experiente Robert Kubica, a situação foi ainda pior: apenas um ponto nas 21 corridas disputadas.

Mesmo com o adiamento do início da temporada 2020 e a tentativa de fazer mudanças técnicas internas, é difícil esperar que o ano seja diferente para a equipe dentro das pistas. Além disso, com a saída do principal patrocinador, as receitas cairão ainda mais. 

Este cenário, então, gerou a necessidade de uma venda parcial ou mesmo total da escuderia. A imprensa europeia chega até a falar em uma possível saída da F1.

“Abrimos um processo formal de venda. Ainda não recebemos nenhuma abordagem e podemos confirmar apenas que estamos em discussões preliminares com um pequeno número de partes em relação a um possível investimento. Não há certeza de que uma oferta será feita, nem sobre os termos em que qualquer oferta será feita. O conselho se reserva o direito de alterar ou encerrar o processo a qualquer momento, e, se o fizer, fará um anúncio conforme apropriado. O conselho também se reserva o direito de rejeitar qualquer abordagem ou encerrar as discussões com qualquer parte interessada, a qualquer momento.”, afirmou a Williams, em um comunicado oficial.    

Uma das mais tradicionais escuderias da Fórmula 1 ao lado de Ferrari e McLaren, a Williams tem no currículo sete títulos mundiais de pilotos e nove de construtores. 

Em ambos os casos, no entanto, as conquistas vieram pela última vez em 1997, com o canadense Jacques Villeneuve como campeão e o alemão Heinz-Harald Frentzen como seu parceiro na equipe.