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GP da Hungria tem vencedor inédito

Confusão provocada por Valtteri Bottas na largada tirou cinco carros da pista e mudou destino de prova no Circuito de Hungaroring.


Nem o torcedor mais esperançoso da Fórmula 1 poderia prever o roteiro do GP da Hungria, neste domingo. Largando da oitava colocação, Esteban Ocon sobreviveu a uma confusão provocada na largada por Valtteri Bottas para vencer pela primeira vez na carreira, segurando o veterano Sebastian Vettel pela maior parte das 70 voltas no Circuito de Hungaroring. 

Lewis Hamilton, que largou da pole position e caiu para 14º, obteve o terceiro lugar nas últimas voltas ao superar Carlos Sainz, da Ferrari. Max Verstappen, envolvido no incidente inicial, terminou em décimo.

O triunfo veio oito meses após o primeiro pódio de Ocon, com o segundo lugar no GP de Sakhir de 2020, e é a segunda vitória da França desde Olivier Panis em Mônaco, em 1996; antes, a conquista de Pierre Gasly na Itália, no campeonato passado, havia quebrado o jejum do país.

Esteban-Ocon comemora primeira vitória na F1, no GP da Hungria (Foto: Lars Baron/Getty Images).

A chuva que começou a cair no Circuito de Hungaroring a menos de 1h para o começo da prova foi decisiva para selar o destino de uma corrida imprevisível. 

Os pilotos abandonaram as estratégias e adotaram os pneus intermediários para a largada, marcada por um “boliche” de Bottas que tirou Charles Leclerc, Lance Stroll, Sergio Pérez, Lando Norris e a si mesmo da disputa. 

O fim da chuva fez as equipes se movimentarem para uma nova troca, fazendo 19 dos 20 pilotos relargarem do pit lane enquanto Hamilton ficou sozinho no grid, perdendo um precioso tempo que o jogou para 14º. 

Esteban-Ocon, da Alpine, no GP da Hungria (Foto: Lars Baron/Getty Images).

Além da primeira vitória da Alpine e de Esteban Ocon, e do segundo pódio de Carlos Sainz pela Ferrari, a prova teve a surpresa do desempenho das Williams.

Liderada por Nicholas Latifi, que chegou a andar em terceiro lugar por boa parte da corrida, o time conquistou um oitavo lugar com o canadense e um nono com George Russell, somando seis pontos. Essa é a primeira vez que a equipe britânica pontua desde 2019, quando Robert Kubica obteve um décimo lugar no GP da Alemanha.