Mídia

Oculos AR da Xiaomi e lente de contato inteligente mistura tela de microLED e realidade aumentada

A startup Mojo Vision, com sede em Saratoga, nos EUA, anunciou um protótipo de lente de contato inteligente baseado em realidade aumentada (RA).

A Xiaomi, vice-lider na venda de gadgets no mundo todo, possui um vasto portfólio de produtos. Contudo ainda não possui algo visto por muitos como a tecnologia do futuro que são os óculos de Realidade Aumentada, algo que poderá ser lançado em breve.

Isso fica um pouco mais próximo agora que a gigante chinesa adquiriu uma nova patente alusiva a esta tecnologia de immersive experience

Óculos de Realidade Aumentada da Xiaomi terão um projetor próprio

Os primeiros óculos de Realidade Aumentada da Xiaomi poderão ser portadores da tecnologia constante desta patente. Para misturar o real com o virtual, a chinesa poderá embutir um projetor neste gadget.

 Esse-projetor ficará alojado na haste dos óculos, passando assim despercebido aos utilizadores. A primeira vista na rua, facilmente eles passariam por uns óculos convencionais.

A imagem seria, obviamente, projetada nas lentes dos óculos para oferecer ao utilizador um vasto leque de informações. Tanto o foco como o brilho da imagem seriam ajustados automaticamente consoante as condições de luminosidade envolventes.

Parece que a Xiaomi deu um passo importante para o lançamento deste tipo de produto. Com efeito, a empresa chinesa tem a cobertura legal necessária para colocar no mercado os seus óculos de Realidade Aumentada.

Caso esse produto venha a ser comercializado, nada nos garante que albergue a tecnologia presente nesta patente. A Xiaomi poderá optar por outra solução, visto que esta não é a primeira patente que a empresa submete relativamente ao tema.

Recordo que a Xiaomi apresentou oficialmente o seu primeiro conceito para uns óculos inteligentes. Designados de Xiaomi Smart Glasses, estes socorrem-se de painéis microLED para fornecer informações como mensagens, dados de navegação, tirar fotografias e mais.

Esse conceito, apresentado em setembro passado, não chegará ao mercado naquela forma. Isso significa que, caso a Xiaomi lance uns óculos inteligentes para o mercado, ainda não sabemos qual será a sua abordagem final.

Lentes de contato inteligentes

Outra novidade foi anunciada pela startup Mojo Vision, com sede em Saratoga, nos EUA, anunciou um protótipo de lente de contato inteligente baseado em realidade aumentada (RA) para experiência imersiva.

O dispositivo chamado Mojo Lens permite que os usuários acessem informações movendo uma tela microLED de 0,5 mm de diâmetro diretamente na frente dos seus olhos.

A tela — que possui uma resolução de 14.000 pixels por polegada — foi desenvolvida com base em uma tecnologia conhecida como “computação invisível”. Com essa técnica, as lentes mostram informações digitais diretamente na retina do usuário, deixando o conteúdo imperceptível no campo visual quando não é mais necessário.

“Esse protótipo acelerará o desenvolvimento da computação em que as informações estão disponíveis e são apresentadas apenas quando são úteis. Essa experiência visual permite que os usuários acessem dados importantes de forma rápida e discreta, sem forçá-los a olhar para uma tela ou perder o foco no mundo ao seu redor”, explica o vice-presidente de marketing Steve Sinclair.

Perto dos olhos

Segundo os engenheiros da Mojo Vision, a lente inteligente é considerada o menor e mais denso display com tecnologia dinâmica do mundo. Nesse dispositivo, as informações são sobrepostas e destacadas por meio de um sistema óptico miniaturizado, com dados sendo transferidos para frente e para trás em uma banda de 5 GHz.

Exemplo de como os usuários enxergariam as informações projetadas pela lente de contato (Imagem: Reprodução/Mojo Vision)

Marcas esportivas como Adidas Running e 18Birdies — aplicativo usado por jogadores de Golf — já fizeram uma parceria com a Mojo Vision para o desenvolvimento de ferramentas de treinamento que aproveitam os recursos da nova lente para aprimorar o desempenho de atletas de alto rendimento.

“Não nos referimos à lente como um produto, mas sim como um protótipo em desenvolvimento. Estamos na fase de otimizar, de aprimorar o software e a experiência do usuário. São testes de segurança para entendermos como o sistema funciona tanto para quem enxerga normalmente, quanto para pessoas com baixa visão”, encerra Steve Sinclair.