Mídia

Ação da Coca-Cola levanta discussão sobre termos censurados

Gerador personalizado da Coca-Cola não permite criar rótulos com termos que estão diretamente ligadas à comunidade LGBTQIA+.

Para celebrar o Mês do Orgulho do LGBTQIA+, a Coca-Cola lançou uma ação que permite ao público colocar diferentes palavras no rótulo da garrafa especial com o logo nas cores da bandeira LGBTQIA+. 

No entanto, a ação acabou levantando uma discussão sobre a própria empresa, graças a algumas experiências do público que apontaram uma espécie de censura a algumas palavras, entre elas “transgênero”.

Leia também: Cristiano Ronaldo causa prejuízo bilionário à Coca-Cola.

Como ressalta o Input, o gerador personalizado da Coca-Cola não permite criar rótulos com termos como “Black Lives Matter” (ou sua sigla “BLM”), “Palestina”, além de expressões que estão diretamente ligadas à comunidade LGBTQIA+ como “Orgulho gay”, “LGBT”, “Lésbica” e “Bissexual”.

Ao-impedir o uso de tais palavras, o gerador exibe a seguinte mensagem: “Opa! Parece que o nome que você solicitou não é aprovado. Os nomes podem não ser aprovados se forem potencialmente ofensivos para outras pessoas, marcas registradas ou nomes de celebridades. Trabalhamos muito para acertar essa lista, mas às vezes erramos. Se você acha que isso é um erro, entre em contato com nossa equipe de Atendimento ao Cliente. Caso contrário, tente novamente, mantenha a diversão e com o espírito de compartilhamento!”

Por outro lado, o algoritmo do gerador não proíbe outros termos como “White Lives Matter” ou até mesmo “Nazis”.

À CNN, um porta-voz da Coca-Cola disse que “Palavras ou frases que apareceram no modo de visualização da ferramenta podem não ser necessariamente aprovadas, mas são palavras que não avaliamos anteriormente. As garrafas reais não são feitas com palavras inconsistentes com a intenção do programa. Esclarecemos no modo de visualização da ferramenta que o idioma proposto pode exigir uma análise mais aprofundada.”