Mídia

5G. A promessa de uma revolução

A CES foi o espaço para especialistas apresentarem estudos do potencial que a nova conexão trará para a comunicação e o marketing e como isso poderá mudar as coisas.

 

A CES mostrou mais uma vez as inúmeras possibilidades para o futuro. Não à toa, mais de 180 mil pessoas de todos os cantos do mundo se espremeram em Las Vegas para conferir os componentes que vão mudar a vida das pessoas. A grande estrela mais uma vez foi a expectativa pelo 5G e as inúmeras possibilidades que esta tecnologia vai proporcionar.

A indústria espera que o 5G exploda até o final de 2020, começando nas grandes cidades e depois saltando progressivamente para cobrir toda a população.

Seu desenvolvimento e implementação serão muito mais rápidos do que o 4G foi no passado, fazendo com que nos conectemos à rede mais rapidamente, mas também ajudando a implementar novos serviços e novos elementos que melhorarão a vida dos cidadãos, mas também expandirão o que as marcas podem fazer.

Entre esses elementos está a internet das coisas, a ser lançada com ainda mais força, e as SmartCities, que já existem e que vão gerar  muito mais serviços graças à nova conectividade.

A implementação do 5G e as mudanças que serão impostas nas cidades têm um efeito direto sobre as empresas e sua estratégia de marketing e comunicação. A nova cidade se tornará um foco de informações e dados que ajudará a entender melhor os consumidores/cidadãos.

“Todas as cidades querem ser inteligentes.”, explicou à mídia durante a CES um diretor da AT&T, observando que o custo para implantação desta “inteligência” será muito elevado e que os municípios têm que estudar como obtê-lo.

As empresas podem ser a alternativa aos gastos públicos. A AT&T quer conectar os semáforos das cidades à sua rede 5G para entender melhor os padrões de consumo de energia.

Em vez de pedir aos cidadãos que paguem por isso, explica o executivo, as cidades poderão outorgar concessões a anunciantes e serviços de publicidade.

Os anunciantes ficarão interessados (por causa das informações geradas pelos cidadãos e pela cidade inteligente, mas também pelas crescentes janelas para veicular anúncios) e a cidade também, porque encontra financiamento para a despesa. Ou seja, as empresas serão aquelas que pagam pelo desenvolvimento da tecnologia.

Mesmo assim, nem tudo é tão simples e a nova cidade inteligente terá que ser muito mais eficaz no gerenciamento da privacidade dos consumidores. Por exemplo, o redirecionamento na cidade pode ser muito perigoso: o fato de ser perseguido pelos anúncios do seu passeio urbano pode fazer com que você se sinta muito pior sobre ele do que se sente com publicidade semelhante na tela do seu smartphone.

Analistas e especialistas estudam há algum tempo como esta megacoleta de dados auxiliará no ROI para a publicidade. E também o potencial desta nova possibilidade de comunicação no ambiente urbano como, por exempl,  a realidade virtual, o que a tornará muito mais atraente e  marcante, proporcionando novas experiências.

Em resumo, pelo que pude constatar, a mudança de 4G para 5G será, para a indústria de marketing e publicidade, como passar da máquina de escrever para os computadores. Uma mudança revolucionária.