Marina Pechlivanis*
O velho e bom boca-a-boca — mídia grátis e eficiente
“Você não precisa de um diploma de Doutorado para entender por que o Grátis funciona tão bem on line. Você só precisa ignorar mais ou menos os primeiros dez capítulos do seu livro-texto de Economia.”
Chris Anderson, FREE (2009)
Já ouviu falar no Clube Amostra Grátis, espaço onde você experimenta os produtos antes mesmo de comprá-los? Lá, por uma módica quantia anual, você tem direito a testar alimentos, produtos de beleza e higiene pessoal, material de limpeza, peças de vestuário, publicações e até produtos para os cães, tudo em primeira mão. A troca é justa… Os integrantes experimentam os samples e retribuem preenchendo pesquisas sobre os produtos testados. Bom para o consumidor e maravilhoso para as empresas, que podem contar com um público seleto e entendido no assunto — fãs do business-free, — que pode colaborar com a qualidade e o posicionamento dos produtos e serviços em teste.
Acessando o site do Clube Amostra Grátis, além de se cadastrar para fazer parte do maravilhoso mundo das amostras, você também pode se familiarizar com o conceito do tryvertising, a propaganda que você testa (try) mesmo sem comprar o produto na hora — um upgrade do sampling. Na mesma onda, tem também os trysumers, a galera conectada que questiona a propaganda convencional e já nasceu acostumada a testar softwares antes de comprar.
O conceito não é novo: desde 2005 já se fala em ferramentas mais poderosas que anúncios para revista, comerciais de TV, banners e afins já não estabelecem mais comunicação direta com os clientes. Seja pelo modelo, antigo frente às possibilidades virtuais, seja pelos consumidores, que já case cansaram do mesmo approach de vendas. Experimentando um produto ao invés de apenas conhecê-lo por imagens e palavras bem produzidas por outrem, a sensação de aceitação fica mais real. E os produtos ganham um novo posicionamento de mercado. Esse processo é bem diferente de ganhar uma amostra grátis — quem garante que o consumidor vai usa-la? —, pois proporciona o uso do produto ou serviço em questão.
Ideias não faltam:
http://trendwatching.com/trends/TRYVERTISING.htm
Desde um ponto de ônibus cujo cartaz contenha uma máquina de café para você degustar a marca enquanto aguarda, até a ambientação completa de um quarto de hotel por uma empresa de móveis e objetos de decoração, sem contar todas as ammenities patrocinadas por empresas de produtos de higiene e beleza.
E a web é o veículo mais competente para este tipo de ação, permitindo cobertura completa, frequência non stop e agilidade logística e operacional para controlar toda a dinâmica. E vale para tudo: de molho de tomate e fio dental a filmes e gadgets tecnológicos.
Seja um trysumer e teste os links abaixo!
http://www.freebiesplanet.com/
Neste cenário, em que há uma reviravolta no que até então se conhecia por “grátis” a lógica que vale é a da vantagem. Como diz o papa do FREE, Chris Andresen, “Não cobre nada de um produto do qual os outros dependem para ganhar lucro. O mundo vai fazer fila à sua porta e você poderá vender-lhes outras coisas.” Não se pode negar que é uma forma ousada e criativa de fazer negócios.
Como é sabido, estou cada vez mais na Gift-Society, na qual impera esta Try-Ology. Do olho-no-olho que vira boca-a-boca e então, tá-na-mão — de um que quer por que viu que o outro tem. Isso sim é mídia grátis! E funciona!
Tem mais. Acredito que, sabendo o que, onde, quando e como, dá para se virar com os gifts ou trials que a gente ganha.
Vai por mim…
http://twitter.com/MarinaGifting
