Experiência de Marca

Mercado Promo prepara-se para expansão

A Associação de Marketing Promocional (Ampro), espera crescimento de 25% no ano do mundial de futebol que o Brasil sediará em 14, o que representa um giro de US$ 30,5 bilhões por ano. Segundo Guilherme de Almeida Prado, presidente da Ampro, a Copa do Mundo de 14 deve movimentar mais a economia que os Jogos Olímpicos de 16.

Com a revelação da logomarca olímpica e o início da nova década cresce a expectativa sobre as oportunidades que os grandes eventos mundiais trarão para o mercado brasileiro de marketing promocional. A Ampro espera um crescimento ainda maior nos próximos anos que antecedem os grandes eventos programados podendo chegar a 25% no ano do mundial de futebol que o Brasil sediará em 14, o que representa um giro de US$ 30,5 bilhões por ano. Segundo Guilherme de Almeida Prado, presidente da Ampro, a Copa do Mundo de 14 deve movimentar mais a economia que os Jogos Olímpicos de 16.

Copa do Mundo e Olimpíadas já movimentam o mercado do marketing promocional.

“O futebol no Brasil canaliza mais espectadores e, além disso, vai acontecer em mais cidades, o que deve ampliar os ganhos do setor”, afirma. “A Copa vai gerar uma movimentação interna o que fomenta o consumo.”

Para os Jogos Olímpicos ainda não há previsão de ganhos do setor, mas Prado adianta que as cifras não serão as mesmas. “Nem se compara a euforia do mercado durante a Copa e durante os Jogos Olímpicos”, avalia.

O idioma e o treinamento de equipes para atendimento do turista ainda são obstáculos a serem superados. Segundo Prado, está é uma das possibilidades de atuação do setor.

“Temos conhecimento nesse tipo de atividade e com certeza será necessário para que o turista seja bem atendido e gere uma repercussão positiva da imagem do País, atraindo mais pessoas para cá”, afirma.

Recentemente a Ampro sugeriu aos governos que fossem realizadas simulações de visitas de turistas para identificação de gargalos no atendimento ao visitante. “Ajudar os governos e cidades a se promoverem como destino também está entre as nossas atribuições.”

Regulamentação

O setor de marketing promocional, no entanto, ainda esbarra em obstáculos legais. A regulamentação da Fifa para a realização do evento. “Há uma série de restrições que ainda não estão claras para nós”, afirma Prado.

A normatização que envolve as ações promocionais relacionadas à Copa do Mundo ainda não está completamente definida, suscitando dúvidas.

A maior questão, atualmente, gira em torno da chamada área limpa. Conforme as regras já divulgadas, ficou a critério de cada cidade que receber os jogos determinar qual o tamanho da área livre de publicidade no entorno dos estádios.

A preocupação busca evitar o conflito de exposição entre os patrocinadores do evento e as empresas que tiverem possíveis ações de marketing promocional no local. “Entendo que seja necessário uma regulamentação para evitar que ações pontuais se sobreponham em visibilidade aos patrocinadores oficiais do evento”, pondera Prado que considera, no entanto, o nível de restrição “excessivo”.

Guilherme de Almeida Prado: "Ajudar as cidades a se promoverem como destino também está entre as nossas atribuições."

A legislação específica ainda está sendo preparada e deve ser aprovada já no próximo ano. Embora acredite que a criação de uma lei apenas para a Copa do Mundo seja um esforço desnecessário, Prado espera que a regulamentação fique pronta o quanto antes. “O que mais desejamos é antecipar ao máximo a divulgação das regras do jogo, para evitarmos os cancelamentos de última hora”, lembra.

Para Prado, a regulamentação deve sair assim que estiver encerrado o processo eleitoral. “O assunto já foi abordado antes de definirem o país sede a Copa de 2014. Já existe algo encaminhado.”

Eventos

A tendência é que os grandes eventos sejam produzidos por grandes empresas que, por sua vez, contratarão outras menores para dividir o processo.

Para o show de abertura da Copa do Mundo, Prado aposta na Geo Eventos, empresa fundada por uma parceria entre as Organizações Globo e o Grupo RBS, para a promoção de eventos nas áreas de esportes, entretenimento e negócios.

Para o evento de abertura das Olimpíadas, Prado sugere a participação de Eike Batista, um dos principais patrocinadores da candidatura do País a sediar os jogos.

Marketing Esportivo

Fernando Julianelli, vice-presidente de planejamento e marketing da ReUnion, acredita que ambos os eventos movimentarão o setor de marketing esportivo em volume semelhante.

O diferencial dos Jogos Olímpicos é a maior capilaridade das ações de marketing. “Podemos estar envolvidos com atletas, com delegações e com o evento propriamente dito”, ressalta.

No entanto, apesar dessa maior abrangência as regras impostas pelo Comitê Olímpico Internacional acabam sendo mais rígidas. “Para se ter uma ideia, estão proibidas todas as ações promocionais no Rio de Janeiro durante os 17 dias dos Jogos Olímpicos”, sinaliza o vice-presidente da ReUnion. “Todas as possibilidades de exposição de marcas ou eventos durante o período foram vetadas.”

Os veículos midiáticos do Rio de Janeiro já estão completamente comprometidos com os patrocinadores ligados ao Comitê Olímpico Internacional. “Toda a mídia do Rio de Janeiro já está comprada pelo Comitê. Não há um outdoor ou busdoor que não estejam comprados por 30 dias ao longo das Olimpíadas.”

Com tantas restrições, Julianelli acredita que as maiores oportunidades no setor estão junto aos patrocinadores oficiais do evento. “Estamos buscando atuar como potencializadores do investimento dessas empresas que já firmaram contrato oficial com o Comitê”, afirma. “Estamos participando em diversas concorrências dessas empresas, que já estão com o planejamento em curso.”