Experiência de Marca

<!--:pt-->Mercado de feiras e eventos em plena ascensão<!--:-->

O setor de feiras de negócios - que espera movimentar mais de R$ 5 bilhões neste ano, o que representa um crescimento de 47%, e quer atrair 12 milhões de visitantes às mais de 402 feiras espalhadas pelo Brasil - está otimista com o aumento da demanda gerado pelo Pré-sal, pela Copa do Mundo de 2014 e pelas Olimpíadas de 16 que acontecerão no Brasil.

O setor de feiras de negócios – que espera movimentar mais de R$ 5 bilhões neste ano, o que representa um crescimento de 47%, e quer atrair 12 milhões de visitantes às mais de 402 feiras espalhadas pelo Brasil – está otimista com o aumento da demanda gerado pelo Pré-sal, pela Copa do Mundo de 2014 e pelas Olimpíadas de 16 que acontecerão no Brasil.

Foi ao pensar nisso que a GL Events Brasil resolveu lançar as feiras Rio Infraestrutura, e Sports Events Expo, com o que prevê chegar a 2011 com 25 feiras em seu calendário. A Reed Exhibitions Alcantara Machado espera dobrar o número de visitantes este ano e atingir a marca de dois milhões com a Bienal Internacional do Livro de São Paulo, de 12 a 22/08, e com o Salão Internacional do Automóvel, de 27/10 a 07/11, ambos no Anhembi, em São Paulo.

O grupo GL Events Brasil, que além de controlar a empresa Fagga Eventos administra o pavilhão Riocentro e o Espaço HSBC Arena, ambos no Rio de Janeiro, já faz planos para 2011 e espera faturar 15% a mais que os R$ 100 milhões obtidos neste ano, e atrair 1,3 milhão de visitantes às 25 feiras que acontecerão no próximo ano, contra os 150 mil que serão recebidos este ano.

O presidente da empresa, Arthur Repsold, alerta que em anos ímpares a GL organiza quatro bienais do livro no Brasil, e explica essa disparidade: “O total de público em 2009 foi de 1,1 milhão de visitantes, e em 2010 foi de 150 mil. O que desequilibra esses números é que nos anos ímpares fazemos algumas bienais do livro, das quais somente a do Rio de Janeiro leva 600 mil pessoas, então é por isso que em 2010 o nosso público será menor. Nós organizamos as bienais do livro do Rio de Janeiro, de Belo Horizonte (MG), de Salvador (BA) e de Curitiba (PR)”, comentou.

Para Repsold, a proximidade dos jogos da Copa do Mundo de 14 e das Olimpíadas do Rio de Janeiro em 16 está gerando um grande volume de negócios, e com isso a demanda por eventos e feiras também cresceu. Exemplo disso é o calendário do Centro de Convenções Riocentro, que obteve o melhor resultado da sua história ao fechar 63 eventos neste ano. “Para o Riocentro este foi o melhor ano da história, teremos 63 grandes eventos. O calendário de 2011 está muito complicado e o de 2012 está quase sem data (livre), então vimos um aumento de demanda muito grande porque houve um aumento muito grande do volume de negócios”, disse.

Em relação ao movimento do setor petroleiro em prol do Pré-Sal, Repsold também destacou um bom incremento da demanda por feiras e eventos sobre o assunto. O presidente comentou que este ano irá acontecer uma grande feira de petróleo e gás também no Riocentro que, além de ocupar totalmente os 87 mil metros quadrados disponíveis, contará com três tendas montadas especialmente para abrigar a feira. “Estamos vendo muitas feiras relacionadas ao Pré-Sal, a demanda é crescente, essa feira de petróleo que acontecerá no Riocentro é prova disso, pois mesmo com as tendas, ainda tem fila de espera de empresas, porque a demanda é muito maior que a capacidade, essa é a maior feira do Brasil”, destacou o presidente.

Para a União Brasileira dos Promotores de Feiras (Ubrafe), a união dos eventos esportivos de 14 e 16 e o Pré-Sal, o setor ganhará ainda mais feiras e eventos, que se somarão às mais de 400 feiras organizadas no Brasil por ano. Para o presidente da entidade, Armando Campos Mello, o Estado de São Paulo continua respondendo pela metade do total de feiras do País, o que representa uma feira de negócios a cada três dias. “Há uma feira a cada três dias em São Paulo, o que daria mais ou menos 200 feiras por ano. Evidentemente, se forem criados mais infraestrutura e pavilhões, mais eventos virão para o Estado”, contou ele.

Concorrência

Em meio ao otimismo do setor de feiras e eventos gerado pelo aumento da demanda por conta da Copa do Mundo e das Olimpíadas, está a empresa Reed Exhibitions Alcantara Machado, que espera atrair mais de 11 mil expositores para as suas 24 feiras em 2011 e com isso receber a visita de mais de um milhão de pessoas. Segundo o presidente da empresa, Juan Pablo De Vera, a escolha do Brasil para sediar os grandes eventos esportivos dará ao setor de esportes um destaque ainda maior no País. “O grande desafio de sediar um evento como a Copa ou as Olimpíadas é oferecer uma infraestrutura adequada aos eventos relacionados. Então acredito em um bom crescimento das feiras ligadas aos eventos em questão. Só não sei como até hoje não existe uma feira do futebol”, brincou.

De Vera também destacou a feira de negócios em parceria com a Fagga Eventos que acontecerá no Rio de Janeiro em novembro, a “Rio Infraestrutura”, que, segundo ele, abordará assuntos relacionados tanto aos eventos esportivos quanto ao Pré-Sal. “O Brasil irá sediar muitas feiras do mercado offshore, principalmente pelo descobrimento do Pré-Sal. A dúvida ficará em relação ao impacto que isso irá gerar no futuro”, contou ele.

Este ano a Reed irá receber mais de dois milhões de visitantes, em suas 27 feiras, mas De Vera ressalta que esse número é em virtude da Bienal do Livro SP e do Salão do Automóvel, que acontecem nos anos pares, dobrando as visitas.

A Reed Exhibitions Alcantara Machado foi criada em abril de 2007, resultado de joint venture firmada entre uma das maiores promotoras de feiras do mundo, a Reed Exhibitions, presente no Brasil desde 1997, e a maior da América Latina, a Alcantara Machado Feiras de Negócios, e gera em média 120 mil empregos diretos e indiretos por ano no Brasil.

Outra empresa que tem crescido no setor de feiras do Brasil é a Francal, que realizará 16 feiras este ano, face a 14 em 2009, com expectativa de atrair mais de 300 mil visitantes até o fim de 2010, contra os 198 mil do ano passado. A empresa pretende faturar R$ 60 milhões este ano, o que representa um aumento de 9% em relação ao ano passado. “As feiras são um instrumento de vendas, mas hoje se tornaram um instrumento de promoção também. Estamos otimistas com o setor”, disse o presidente da empresa, Abdala Jamil Abdala.

Com previsão de faturar R$ 5 bilhões este ano o setor de feiras de negócios aposta em aumento na demanda gerado pelo Pré-Sal e pelos jogos da Copa do Mundo de 14 e das Olimpíadas de 16, no Brasil.