O mercado de eventos é formado 90% por pequenas e médias empresas e conta com profissionais cujo domínio da expertise é cada vez mais preponderante. O planejamento estratégico, um banco de dados estruturado; o domínio de idiomas e a excelência na prestação de serviços são alguns aspectos relevantes no desenvolvimento da atividade.
O “peso” do setor de eventos no Brasil acentua-se nos últimos anos, cujo papel significativo é comprovado pela sétima posição no ranking da ICCA como o País que mais recebe eventos internacionais no mundo.
O Senac-SP em parceria com a Associação de Marketing Promocinal-Ampro, realizou uma pesquisa junto aos profissionais da área de eventos da capital paulista. Marcelo Calado, gerente da Área Educacional de Eventos do Senac conversou com Promoview, e relata o que se pode esperar deste mercado no Brasil.
Promoview: Hoje você está analisando o mercado de eventos no Senac, mas já realizou um estudo profundo sobre o assunto. Conte como foi.
Marcelo Calado: Analisar o mercado profissional de eventos tem sido objeto de estudo pelo menos há três anos. Em média, a cada dois anos aprofundamos pesquisas sobre oferta e demanda educacional para este mercado. Os principais objetivos dos estudos são: levantar a demanda real por meio de dados secundários (Brasil e com destaque para São Paulo capital); número de instituições de Ensino Superior que ofereçam o cursos em eventos; número total de vagas oferecidas pelas universidades de Ensino Superior dos cursos em eventos; número total de alunos concluintes (já formados) no curso de Tecnologia em Eventos; identificar junto a empregadores necessidades do mercado, números de eventos realizados e entidades do setor.
Promoview: Quais são os resultados apresentados até o momento?
Marcelo Calado: O mercado de eventos tem crescido bastante no Brasil, porém, este crescimento não foi acompanhado pela oferta de mão de obra. Neste contexto, o mercado se ressente da oferta de mão de obra mais qualificada para os níveis intermediários para atuação profissional em eventos.
Promoview: Existem outras demandas que precisam ser abordadas para o desenvolvimento profissional deste mercado?
Marcelo Calado: Sim, matérias como idiomas, ética, responsabilidade socioambiental, acessibilidade, tecnologia e logística serão cada vez mais exigidas
Promoview: Sabe-se que a informalidade prejudica o desenvolvimento profissional da atividade. Que outros fatores dificultam o setor?
Marcelo Calado: Sem dúvida a informalidade é um dos principais gargalos, mas destaco também a falta de padronização nos serviços prestados, o amadorismo tem muito espaço. Outro fato, em alguns casos, é a desunião do setor, que por consequência não se apresenta no mercado de forma representativa, para batalhar por seus direitos. Neste sentido, nossa bandeira é o Senac ser um agente ativo de articulação de iniciativas para regulamentação junto com entidades e empresas.
