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Todo mundo sabe fazer evento. Só que não!

Todos os eventos que vi ou participei nos últimos tempos, seguiam todos os protocolos devidos e muito mais protocolos sequer falados.

Na política, quanto menos especialistas, melhor.

É assim por aqui no País dos amadores que usam o dinheiro dos outros.

Talvez por isso tenhamos, na Educação, em níveis governamentais, tão poucos educadores; na saúde tão poucos médicos e nos comitês que analisam os protocolos de reabertura para eventos quase nenhum especialista em… Turismo e eventos.

Você deve querer saber o porquê, né?

Bom, vamos lá!

Essa questão veio à tona no Grupo I Love Events, Grupo do WhatsApp, do qual orgulhosamente faço parte, criado pelo querido Marcello Fernandes.

Nesse Grupo, temos nomes como Vanessa Martin, Clécio Regis, Alexandre Hang, Dra. Fernanda Marcial, Hamilton Vasconcelos, Ingrid Reis, o Prof. LC Duarte, Marcia Alonso, Michael Nagy, Léo Monteiro, Rita Fernandes, Marcia Vital, Miguel Moya e muito, muito mais gente que entende de turismo e/ou eventos.

Estou no Grupo porque quero aprender com quem sabe, simplesmente isso. Humildade evita erro. Político não é humilde, daí…

Pois bem, num papo inicial sobre protocolos de reabertura, o grande Miguel Moya, nos evidenciou que as decisões sobre reabertura vem de um Comitê, Grupo, sei lá o nome, constituído por políticos e médicos, majoritariamente.

Eles decidem tudo, pois sabem tudo.

Dizem tudo o que uma pessoa que vai ao evento precisa ter ou usar, mas nada dizem sobre os profissionais e fornecedores de evento, que não são público, devem usar.

Entendo que seja esse o problema da política e de alguns políticos, do Rio e Janeiro em especial, e do restante do Brasil. Acham que entendem de tudo.

Mas, na Cidade dos Eventos e do Turismo, por exemplo, com tantos profissionais consagrados nestas áreas, orgulhos nacionais, inclusive, não temos em grupo de estudo, comitê, área ou secretaria de evento ou turismo um nome como Abel Gomes, Miguel Moya, LC Duarte etc. Por isso erram muito e desnecessariamente.

Um dia, numa reunião, só com craques políticos, disse que não me preocuparia exageradamente com os eventos outdoor, mais fáceis de serem controlados pelos nichos e distanciamento que os indoor, estruturalmente mais difíceis de sê-lo, por conta da natureza fechada, condicionador de ar e transmissibilidade mais fácil.

Todos concordaram… não dá pra liberar, né? Errado.

Se liberam cultos, cinemas, shoppings e bares, como não liberar alguns tipos de eventos do M.I.C.E?

Nada contra a liberação daqueles, que são tipos de evento (meetings) ou símile de feira (fluxo de shopping). Então, por que não liberar alguns tipos de eventos?

Queria lembrar o seguinte:

1 –  As festas e eventos que deram e dão problema são os feitos por leigos, sem profissionais de eventos de verdade na produção, normalmente meninos levados, e sem nenhuma fiscalização efetiva.

2 – Todos os eventos que vi ou participei nos últimos tempos, seguiam todos os protocolos devidos e muito mais protocolos sequer falados.

3 – Todo evento sempre trouxe risco de contaminação, porque lidamos com gente. Daí, tomarmos, há tempos, cuidados com o acesso de convidados, o A&B, áreas de circulação e tudo mais com resultados sempre satisfatórios, sem pandemias, quando feitos por profissionais e agências qualificadas. Ou seja, não começamos agora, como muitos setores já liberados e que estão contando, inclusive, com agências para voltarem.

4 – As pessoas vão a eventos, mas não os produzem. Determinar o que as pessoas precisam fazer ou o que se precisa fazer por elas é gerar briefing de eventos e custos, alguns seguramente inúteis porque sabemos que não surtirão efeito.

5 – Quem determina os protocolos para o profissional ou fornecedor, o pessoal que trabalha nos eventos, quais os protocolos que devem seguir? Os mesmos das pessoas? Seguramente não, como falamos acima, pois do trabalho deles vem a segurança das pessoas. As autoridades não pensaram nisso, porque não entendem nada do nosso trabalho. Acham que entendem. Ainda assim, não os esperamos e tomamos as medidas, nos eventos híbridos possíveis. Quantos casos de contaminação listaram?

Se os donos dos protocolos, políticos e interessados, ouvissem profissionais, quem sabe, fariam até Révellion sem muitos riscos. No Rio, Medina, homem de eventos, deu interessante sugestão. Devem copiar.

Não tenham medo dos profissionais.

Eles o são porque sabem o que você não sabe, só isso. E podem evitar erros ou mortes.

Podemos colaborar? Não? Qual a razão?