Experiência de Marca

Já comeu? Então, paga

Desclassificamos 6 por colocarem preços absurdos, cobrados no mercado, cobrados em outros lugares, como se fôssemos seres comuns.


Tony-Coelho

Foi aí que, chegando ao restaurante, mandei chamar o maitre e disse:

– Quantos cozinheiros você tem aqui?

O maitre, com desdém, respondeu: Uns 10, meu amigo, todos na cozinha são cozinheiros. Especialistas em determinados pratos. Daí, nossa fama.

Então mandei chamar os 10, e, na frente dele, mandei meu briefing, quer dizer, pedido:

– Senhores, quero que, cada um de vocês, me preparem um prato especial, fora da caixa e do menu costumeiro. Vou avaliá-lo pela relação qualidade versus custo. Necessariamente, quero camarão, fungi, pedaços de ouro e frutas fora de época neles. 

Os senhores farão, cada um, dois pratos, porque meu chefe tá chegando e vai avaliar também. Ah, e coloquem num papel separado o custo dos pratos.

– Absurdo, retribuiu um deles.

Eu disse: Vou te colocar na geladeira.

Outro perguntou: Qual o tempo para preparo? 

Respondi: 30 minutos!

Todos ficaram quietinhos, como sempre.

Só o maitre disse: Satisfeito?

– Ainda não. Vou esperar os pratos.

Meu chefe chegou, e, nos 30 minutos previstos, 9 dos cozinheiros faziam fila com os pratos nas mãos, submissos.

Um deles chegou 5 minutos depois com os pratos, explicando que tinha ido a outra cidade buscar frutas fora de época. 

Eu o desclassifiquei sem dó.

Quem ele pensa que é?

Colocaram os pratos, um a um, na mesa, e eu e o chefe os saboreamos. Cada um colocou, como pedido, à parte, o valor do prato.

Mandei-os sair e avaliamos. 

Desclassificamos 6 por colocarem preços absurdos, cobrados no mercado, cobrados em outros lugares, como se fôssemos seres comuns, como  se pudessem dizer pra gente quanto valia o seu trabalho. E o nosso de comer?

Sobraram 3. 

O que achamos melhor não era o mais barato.

Chamamos os 3 e, na presença do maitre, perguntamos: O preço de vocês é final?

Não! Responderam os 3. Não contempla a margem da casa, nem o dos garçons!

Ficamos enfurecidos, claro: Como assim? Vocês querem que nós paguemos serviço, imposto, casa… Esse custo é de vocês ou não tem negócio.

A tremer, dois calaram, um foi embora. Ainda bem que ficou o que gostamos, mas seu custo ainda era maior que o do outro. Daí, falamos para o que gostamos, no cantinho, em particular:

– Olha, você é o nosso preferido. Por nós, ganhou, mas… seu preço é 10% maior que o do coleguinha. Se você topar baixar…

O mal-agradecido nem deixou a gente terminar e disse: Não tenho como, senhores. São pratos diferentes, portanto custos diferentes e… 

Cortamos logo e demos a vitória ao pior.

O maitre ria com o canto da boca. 

Nos trouxe a conta.

Meu chefe pegou, virou-a e escreveu algo e rubricou. Entregou ao maitre.

Ele leu. Estava escrito:

– Vale o pagamento de pratos consumidos no Restaurante X, em 20 de março de 2021. Pagável em 20 de setembro de 2021.

O maitre pediu licença e que o aguardássemos. 

Então, voltou com uma carta e disse: Essa é a carta de nossa Associação de Classe, a Ampro – Associação dos Maitres, Profissionais de Restaurante e Outros.

Olhamos e estava escrito:

“Comida entregue, comida paga.” 

Gente sem noção. 

Pagamos para não nos aborrecermos. 

E fomos embora em busca de novos restaurantes e cozinheiros.

Essa bem podia ser a nossa história no live marketing, mas hoje não é mais.

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